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A HISTÓRIA DA MODA – PARTE 2

Olá!! Esse é o segundo artigo falando sobre a História da Moda. Com certeza, você que acompanha nosso blog, já leu o primeiro artigo sobre o tema. Como é um conteúdo muito extenso, precisamos dividi-lo em dois artigos. Se você ainda não leu o primeiro, busque em alguns artigos atrás e veja quanto conteúdo bacana pra quem ama esse universo. Nesse segundo e último artigo sobre a História da Moda, lhe ajudo a DESCOBRIR, de uma vez por todas, a importância e como funcionam as tendências.  Você sabe de onde surgem as tendências? Provavelmente sua resposta é que as grandes marcas lançam cada uma delas segundo o seu bem querer, porém não é bem assim que as coisas acontecem. Claro que o olhar de um bom estilista tem seu lugar na hora de trazer inovação para as trends da próxima estação, mas se uma marca se limitar a imaginação de um estilista, há uma grande chance da coleção ser um fracasso. Isso soa meio assustador não é mesmo? Porém, não é tão assim desde que haja uma boa pesquisa de tendências! As tendências são a “lâmpada” que iluminam a grande charada que muitos donos de loja não conseguem responder, que é SABER QUAIS PEÇAS VENDEM! Caramba! Se você é dona de loja, provavelmente já ficou se perguntando o porque de aquela peça lindíssima não ter tido uma boa saída, e a resposta dessa pergunta se enquadra em vários aspectos como: Falta de informações sobre o gosto de suas clientes, preço não muito acessível ou em muitos casos, uma pesquisa de tendências mal feita. As tendências nos ajudam a entender quais são as preferências de consumo do mundo. As grandes marcas consideram esse tipo de informação tão importante que contratam empresas especializadas no estudo de tendências para mostrarem o que irá vender no futuro. O pesadelo de qualquer lojista: Estoque encalhado (parado) Dentro da moda existem 3 formas de uma tendência nascer: Gotejamento (do inglês trickle down): Trata-se das trends que surgem a partir das grandes marcas como por exemplo: Dior, Versace, Chanel que ao lançarem uma tendência, outras marcas menores passam a reproduzir peças no mesmo estilo, alcançando as diversas camadas da sociedade. Ebulição (bubble-up): São as trends que que nascem das ruas, começam nas classes mais baixas e vão se popularizando ao redor do mundo como por exemplo: o estilo punk que foi uma proposta que nasceu para ir “contra a moda” vigente da época. Gotejar (trickle-across): Essas são as tendências que se popularizam de forma horizontal, e a moda nasce de diversos formas, em diferentes classes sociais. A moda da rua, onde muita coisa começa Se olharmos de forma profunda para a moda, vamos perceber que há tendências que duram muito tempo e outras que passam bem rápido. Para fazer essa diferenciação, ,costumamos intitular de macrotendências todas as tendências que duram anos ou até mesmo décadas, e é destas que surgem as microtendências, que ficam em vigência por menos tempo. A sustentabilidade deu origem a macrotendência do uso de peças mais duráveis, que não fossem descartadas com pouco tempo de uso poluindo assim o planeta. Diante dessa premissa, um excelente exemplo é a microtendência do tie-dye que costuma ser uma customização em peças mais antiguinhas, que tiveram seu espaço entre as décadas de 1960 e 1970, e agora voltaram com tudo estilizando de novo o guarda-roupa. O tie Dye – Direto da década de 60 / 70 para os anos 2020 As releituras: Ufa, depois de tanta informação você deve estar se perguntando o que isso tudo tem a ver com história da moda… Acalme-se! Você vai entender agora! Para começar, a moda é uma grande releitura. Se no século XIX as mangas bufantes eram uma super tendências, em 2017 elas serviram de inspiração para os grandes estilistas que as trouxeram com tudo para o guarda-roupa feminino e perduram até hoje, no ano de 2020. O passado sempre é fonte de inspiração para os bons estilistas. As Top Trends mangas bufantes Contexto histórico e as tendências: Hoje em dia a moda é super democrática e já não há mais tendência que caia no gosto de todos os públicos, entretanto, algumas macrotendências possuem muita força por atenderem a todo um contexto do momento em que estamos vivendo. Um exemplo foi o momento em que Cristian Dior lançou o New Look em 1947 que era composto por cintura marcada, busto natural e saias longas rodadas, em uma tentativa de resgatar a feminilidade da mulher que foi extremamente negociada ( reprimida mesmo), durante o período da segunda guerra mundial, onde as mulheres precisaram trabalhar para ajudarem a “vencer a guerra”. Christian Dior trazendo de volta a feminilidade da mulher Nos dias de hoje, temos o sub-estilo minimalista que atende a tendência do mundo em querer looks com menos informações, justamente por vivermos em um período com tantos exageros e consumismo. Por fim, entendemos de uma vez por todas como as tendências vão de encontro as nossas vidas, a moda e todo o contexto em que vivemos! Looks minimalistas Compartilhe esse artigo em suas rede sociais e deixe um comentário para que possamos produzir conteúdos cada vez mais relevantes! Último detalhezinho: Se você deseja se aprofundar ainda mais no mundo da moda, assista a aula grátis que nós disponibilizamos aqui. Você, que deseja ser uma autoridade da moda, tenho certeza que vai amar! Beijo no coração de toda equipe Escola de Estilo! Até o próximo artigo! Escrito por Giovanna Alves/ Equipe Escola de Estilo

História da moda
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A HISTÓRIA DA MODA – PARTE 1

Das muitas coisas que os profissionais da moda precisam conhecer, a influência da história na moda é uma das principais delas. E é claro que informação é sempre bom, não só para estudantes de moda, como as nossas alunas da Escola de Estilo, mas também para todos (as) que amam essa arte que tanto diz sobre nosso comportamento na sociedade. Serão dois artigos narrando toda a evolução da moda. Vamos ao primeiro: É muito complicado se situar nesse mundo contemporâneo que muda o tempo todo, sem antes saber o que aconteceu há séculos e décadas atrás, que nos trouxe até aqui. Roupas feitas de pele de animais. A palavra moda vem do latim “modus” e significa basicamente costume. Se olharmos de forma profunda para a moda, vamos perceber o quanto ela trata de um costume comum de determinada sociedade ou levando para o nosso contexto atual, determinado grupo, quanto ao jeito de se vestir. Os trajes evoluindo junto com a sociedade Se você está por dentro do nosso Curso de Personal Stylist, se acompanha nossa teacher Dany padilla em suas redes sociais e aqui no blog, lendo nossos artigos, não é mais surpresa ouvir que as roupas sempre transmitem uma mensagem, sendo que essa mensagem tem tudo a ver com o estilo da pessoa que é atemporal, ou seja, não muda de acordo com a estação. É algo dela, diferentemente das tendências, que mudam de acordo com as estações. Muitas pessoas confundem moda com o simples ato de se vestir, e claro, o ato de se vestir é presente na sociedade desde os primórdios da humanidade, alguns estudiosos datam desde 600 mil a.C. Mas afinal, de onde surgiu a necessidade do uso de roupas? Segundo estudos feitos por antropólogos, a roupa era usada pelo ser humano para se proteger do frio, ataques de animais, nudez, calor, chuva e demais proteções do corpo (Como mostra a primeira foto). O ser humano usava peles de animais para fazer suas roupas com o auxílio de agulhas de pedras, processos para deixar o couro macio e em alguns casos, até tingimento com extrato de plantas e outras formas de pintura. As primeiras agulhas eram feitas de pedra A roupa passou a ser usada como forma de identidade em sociedades como Egito e Roma, no primeiro pelo Faraó que não utilizava ornamentos, sendo que a calda de um leão e um cavanhaque falso mostravam sua autoridade simbolizando poder. A parte da calda do leão é de arrepiar!! Já em Roma, a toga, peça utilizada pelos magistrados, transmitia a desejada mensagem de autoridade. A Toga Romana Em muitas sociedades ainda não havia diferença entre roupas usadas por homens e mulheres, até que em meados do século XIV, mulheres usavam vestidos e homens calças, fora o uso de sapatos que davam destaque a delicadeza dos pés, também presente no guarda-roupa feminino.  O REAL SURGIMENTO DA MODA. Até o século XV as roupas não mudavam muito, eram sempre as modelagens e cores de costume, havia diferença apenas em um povo do outro. Entretanto, esse cenário mudou no Renascimento. Foi a partir daí que os looks começaram a mudar com maior frequência. Antes desse período os plebeus não podiam usar os mesmos tipos de roupa que a nobreza usava, até mesmo haviam leis que regulamentavam a quantidade de ouro e quais tecidos poderiam ser usados em suas roupas. As roupas renascentistas A moda em si surge quando os plebeus passam a querer imitar as roupas da nobreza, que para não repetir os trajes, começam a mudar com frequência suas roupas. A medida que a tecnologia e a comunicação avançaram, o mundo evoluiu e as roupas também. Houve principalmente uma visível evolução na rapidez que a moda abraçou o mundo, e essa rapidez ficou mais clara ainda com a invenção do cinema. A princípio por ser um grande meio de comunicação, e em segundo lugar por transformar a roupa e a vida dos grandes astros em objeto de desejo. O cinema ditando moda. Audrey Hepburn a eterna musa da marca Givenchy. Um dos maiores ícones de moda no cinema de todos os tempos. Com o passar dos anos tivemos muitos movimentos e tendências que eram um claro reflexo do contexto mundial do momento. Em épocas de guerra como na segunda guerra mundial, os looks eram em cores sóbrias, saias na altura do tornozelo por não ter grandes quantidades de tecidos disponíveis e chapéus mais simples, tudo retratando o momento vivido pela sociedade. Nós da Escola de Estilo, valorizamos muito entender qual foi o ponto de partida do nosso ramo, para enfim, entender o porque de estarmos onde estamos como moda diante da sociedade. Se você, assim como nós, também é apaixonada por moda, não deixe de ler o segundo artigo sobre a História da Moda. No próximo, explicarei um pouco mais de como a história influência nas tendências. Não tenho dúvidas do quanto seu olhar vai expandir a respeito desse universo que tanto amamos! Beijos no coração de toda equipe da Escola de estilo. Escrito por Giovanna Alves/Equipe Escola de Estilo.