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História da Moda

BALMAIN – DO NASCIMENTO ATÉ OS DIAS ATUAIS

Balmain – Do nascimento até os dias atuais. E continuamos com nossa série das grandes grifes e nomes da alta costura, das top grifes internacionais que fazem a história da moda ser cada dia mais atraente. Hoje é a vez da ousada e “chiquetosa” Balmain. Balmain é uma grife de roupas francesa renomada no mundo da moda de luxo. Pierre Balmain, responsável pela marca, nasceu em maio de 1914 na cidade de Saint Jean de Maurienne. Desde pequeno Balmain gostava de desenhar vestidos, até que um dia mostrou seus desenhos para o estilista Edward Molyneux. Encantado com o trabalho, ele lhe ofereceu um emprego como aprendiz em sua maison. No ano de 1936, Pierre foi chamado para cumprir o serviço militar obrigatório. Após finalizá-lo, em 1939, se juntou à estilista Lucien Lelong, com quem trabalhou durante a ocupação alemã em Paris. Junto com Dior e Balenciaga, o estilista formou o centro pós-guerra da indústria da alta-costura na França. Balmain se formou em arquitetura, apesar de amar desenhar moda e fundou a grife Balmain em 1945. A Maison atendia ao público de extremo luxo da década de 40/50. Balmain costumava dizer que “criar roupas é a arquitetura do movimento”. Pierre Balmain foi responsável por lançar saias bem marcadas na cintura e compridas, saias usadas com casaquinhos longos e vestidos mais ajustados. Suas criações eram tão luxuosas, que acabaram por atrair admiradores da nobreza. Pierre Balmain tornou-se o estilista exclusivo da Rainha Sirikit da Tailândia e o queridinho de diversas celebridades como Marlene Dietrich, Katherine, Audrey Hepburn e Brigitte Bardot Foi o primeiro estilista a aderir o do prêt-à-porter (pronto a vestir) e conseguiu adaptar a silhueta francesa tão sofisticada de suas criações, para as americanas, onde abriu lojas em 1951. Se destacou sendo figurinista exclusivo de 16 filmes. Pierre sempre foi fã de utilizar cores claras, peles nas extremidades das roupas e marcou seu estilo com golas, estolas e paletós por cima de vestidos justos. Os vestidos sempre muito detalhados em tecidos nobres e bordados minuciosos. Após a morte de Balmain, em 1982, a grife passou por Erik Mortensen, Oscar de la Renta e Christophe Decarnin de 2002 até 2011, quando chegou as mãos do atual diretor criativo: Olivier Rousteing que simplesmente é um vulcão em erupção de criatividade (foto abaixo). O atual diretor criativo Olivier Rousteing, é um francês, adotado, preto, lindo, facilmente confundido com algum modelo nas diversas fotos que circulam com suas amigas preferidas, celebridades e com os modelos da própria Balmain. Você vai atestar isso aqui nas fotos. O rapaz é um fenômeno, um poço inesgotável de criatividade e por isso destaque total entre os estilistas da atualidade. Desde que Rousteing assumiu a direção criativa da Maison Balmain, suas roupas se tornaram desejo mundial, além de promover um auto marketing incrível em seu trabalho desde 2011. No ano passado, Olivier Rousteing mostrou ao mundo o tamanho da sua criatividade, quando planejou e executou brilhantemente o aniversário de 75 anos da grife, com um desfile dentro de um barco coberto de plataformas espelhadas, cruzando o Rio Sena (foto abaixo). Caso você queira ver a suntuosidade desse desfile, clique no link abaixo e leia nosso artigo com todos os detalhes desse super evento. ???????????? BALMAIN COMEMORA SEUS 75 ANOS COM UM DESFILE, CRUZANDO O RIO SENA – PARIS Formado pela ESMOD em 2003, Rousteing começou a sua carreira como assistente de designer na maison de Roberto Cavalli, o que exigiu sua mudança da França para Itália, onde ficou por seis anos. Depois voltou para Paris como assistente de Decarnin. Rousteing afirma que seu período como assistente na Cavalli, o ensinou a ser comercial, “A Cavalli é um império enorme, onde você tem tudo o que quer em poucos dias”, afirmou Olivier. Além do comercial, a moda italiana o ensinou a ser arrojado e reativo. Rousteing tinha que “dar conta” de fazer muitas coleções por ano, porém nunca fez questão de esconder que não considera ter aprendido nada sobre bom gosto. Rousteing deixou claro que não aprovava o que Roberto Cavalli fazia, gostava mais do passado da marca. Em 2009, Rousteing entrou para a Balmain e com apenas 25 anos de idade. Em 2011 ele assumiu a marca como diretor-criativo. Suas amizades com as celebridades de hollywood, o ajudaram a ter o status de o designer que todos querem. Pessoas de fora da indústria fashion, começaram a prestar atenção nele, graças a sua amizade com Kim Kardashian e Kanye West, que inclusive estrelaram uma campanha da Balmain e sempre estão presentes na primeira fila de seus desfiles. Rousteing também é bem próximo das supermodels: Kendall, Kylie, Gigi, Bella Hadid junto com Erika e Joan Smalls, o que só o torna cada dia mais “popular” no mundo da moda. Pra reforçar todo o glamour que envolve as celebridades que circulam ali em volta do estilista, ainda tem Cara Delevinge, Joan Smalls, Jourdan Dunn, Jennifer Lopez, Beyoncé, Rihanna ( amiga pessoal de Olivier). Todo esse marketing envolvendo essas celebridades na grife, acabou fazendo com que toda garota quisesse fazer parte do chamado “Balmain Army”( exército Balmain ). Olivier chegou a um patamar que se formos comparar, está ali no mesmo nível que a Gisele Bündchen está para as top models. Suas criações sempre envolvem muitos bordados, texturas, pérolas e um ar bem suntuoso, quase aristocrático. Esse é o estilo que Rousteing trouxe para a Balmain, fora sua pegada asiática em diversas estampas, mas SEMPRE com uma “aura” sexy e rocker. Aos 34 anos, Olivier Rousteing carrega uma trajetória que poucas figuras do mundo da moda podem ostentar. Foi apontado como o Yves Saint Laurent da geração millennial. Olivier Rousteing é super popular em suas redes sociais, possui 1,5 milhões de seguidores no instagram. Já a Maison Balmain, possui 2,6 milhões seguidores, fazendo da grife a número um das casas francesas em seguidores, sendo a única a ultrapassar um milhão. O talento de Rousteing é incontestável como designer, mas também inegável o seu dom para o marketing pessoal e marketing para a marca.

Prada
História da Moda

PRADA – LUXO, PODER E SOFISTICAÇÃO

Hoje vamos falar de uma marca que gera desejo na cabeça das mulheres em torno do mundo. Podemos dizer que a marca é uma verdadeira joia das maisons mundiais. Prada – Uma marca italiana que é sinônimo de luxo, poder e sofisticação! A Vogue americana declarou através da coluna da Anna Wintour, que a Prada é a única razão para qualquer pessoa ir a Temporada de Milão, isso é só para você ter uma ideia da importância e tamanho dessa marca no mundo da moda. Nesse artigo, você vai entender um pouco mais sobre a história e as contribuições que a Prada trouxe para o mundo moderno. A História da Marca Prada 1913 – Através das mãos de Mario Prada, era fundada a grife italiana que carregava seu sobrenome. Mario e seu irmão Martino, resolveram abrir uma loja que levasse o nome de Prada Brothers (Em italiano, Fratelli Prada). A atividade inicial era o design exclusivo de peças. Os irmãos investiam pesado em acessórios de luxo, malas de viagem, bolsas e acessórios que eram confeccionados em vários tipos de couro, como por exemplo o couro de leão marinho, que eles importavam diretamente da Inglaterra. Tudo isso sempre feito a mão, com atenção em cada detalhe, o que destacou com clareza cada uma das peças de luxo. A alta classe italiana foi descobrindo aos poucos a marca, porém nunca mais parou de crescer. 1919 – A loja localizada na Galleria Vittorio Emanuele II, se transformou no destino preferido da realeza italiana e junto com eles, a aristocracia europeia. Naquela época, o machismo imperava e os homens administravam os negócios e não admitiam que as mulheres dessem opiniões sobre suas criações. Miuccia Prada e a nova Prada 1978 – A Prada passou a estar nas mãos da neta de um dos fundadores, Miuccia Prada, juntamente com o seu marido, Patrizio Bertelli. Nessa década dos anos 70, muito do prestigio da marca já tinha se perdido e estima-se que eles arrecadavam apenas US$ 450 mil por ano… Mas Miuccia entrou na grife pra ganhar, trouxe um olhar mais crítico e contemporâneo, tentando resgatar o respeito e todo luxo de toda uma era. A grife só começou a se recuperar como marca de luxo, a partir dos anos 80, quando lançaram a bolsa preta de linhas mais básicas. Muitas atrizes e celebridades adotaram a marca e levaram junto com o sua influência, o nome da Prada. Não demorou muito para que eles abrissem uma segunda loja em 1993. A loja fica na Via della Spiga, que é um dos principais pontos europeus para artigos e acessórios de alto luxo. Essa nova loja, conseguiu unir o contemporâneo com o tradicional. Outro fator contribuiu bastante para a recuperação do nome da marca italiana, o lançamento de uma bolsa simples, mas irresistível: A Mochila Prada preta feita em náilon ( material que era utilizado para confeccionar tendas dos militares ), ajustada com alças em couro. Total inovação! Além de ser um mochila linda, também se tratava de uma mochila bastante resistente e de alta durabilidade. Nesse momento, Miuccia conseguiu acertar em cheio! Entendeu as necessidades de suas consumidoras, mulheres que estavam num mundo moderno e que precisavam de coisas práticas, contudo, sem abrir mão da beleza e do glamour. No mesmo ano, outros acessórios ganharam a estampa em náilon e estampas também com o triângulo metálico invertido, onde era possível ler o nome da marca. Não demorou muito até que se tornasse uma febre mundial. Atualmente, conhecida por todos como a papisa da moda, Maria Bianchi Prada ( Miuccia ), nascida em 10 de maio de 1949 em Milão, já tinha a moda no sangue. Ela tem sua formação em ciências políticas e é ex-militante do Partido Comunista Italiano. Quando mais nova, participava de passeatas utilizando roupas de estilistas como Yves Saint Laurent. Chegou a participar também de movimentos estudantis e quis trazer esse conceito para as suas coleções, onde a mulher era uma mulher independente, inovadora, ousada e muito bem resolvida! Em relação a Prada, assumiu o controle da empresa familiar ainda jovem, ocupando o lugar que até então era de mãe. Inicialmente, era uma ideia que ela detestava, porém, logo após o seu primeiro desfile prêt-à-porter, todos já falavam dela e do seu talento nato. Bastante tímida, nunca foi amiga dos jornalistas e também não curtia e não curte ainda muito os eventos. Miuccia fez com que a moda feminina sempre jogasse ao seu favor. Transformou a Prada nessa grife de sucesso que vemos nos dias de hoje. Para se ter uma ideia de sua relevância, a Prada fora uma das marcas que mais ditou a moda nos últimos anos. Como diria o filme, até o Diabo veste Prada…a marca é sinônimo de requinte e bom gosto nos quatro cantos do mundo. Não existe uma só pessoa que não conheça a Maison. Com o seu jeito reservado, porém de talento perceptível, Miuccia fora a primeira estilista a aparecer na The New York Magazine, em 2008. Ela também é a única estilista que consta na lista da revista Time das 100 pessoas mais influentes do mundo. Sua relevância é perceptível até os dias de hoje. Miuccia dizia: “Uma bolsa ou um sapato é considerada a boa maneira para identificação do seu estilo, sem ter que repaginar todo o seu look”. Miuccia, com certeza entendeu a importância dos acessórios para o look. Falando em sapato, foi nesse momento que nasceu o tênis com cara de sapato ( aquele modelo que muitos chamam de sapatênis ) e que venceu todos os calçados que eram fabricados na época, ganhando os pés de quem buscava algo confortável, porém luxuoso. Processo de internacionalização da Prada Com o crescimento da marca, a Itália começou a ficar pequena e o processo de expansão, aconteceu de forma bem rápida. Em 1986, eles inauguraram lojas em Madri e Nova York. Logo depois surgiram algumas espalhadas por Paris, Londres e Tóquio. Em 1988 foi lançada a sua primeira coleção que parou o mundo da moda! Miuccia