
COMO ELA TEM ENFRENTADO A DEPRESSÃO E A SÍNDROME DO PÂNICO, ESTUDANDO E TRABALHANDO COM MODA
Nosso artigo conta a história de uma ex-aluna que hoje faz parte da nossa Equipe Escola de Estilo. Vamos falar sobre uma história que nos dias atuais, tem acontecido na vida de muitas mulheres, pessoas, a temível depressão e como a Carla Braga vem superando tudo isso. Leia esse artigo e compartilhe com todos que precisam desse apoio para enfrentar dia a dia essa doença tão presente na sociedade atual. Olá, me chamo Carla Lúcia M. Braga, professora de ensino fundamental, quase uma nutricionista (faltou pouco) e uma eterna apaixonada por música e moda. Na música me realizei com anos de piano e na moda, sempre desenhei para amigas, noivas, mas nunca trabalhei com isso oficialmente, sempre curti mesmo dar meus “conselhos” de moda. De curiosa, como minha mãe sempre costurou para mim, aprendi a costurar também. AMO desenhar roupas e costurar Em 2006 passei por uma separação dolorosa e cheia de “detalhes fortes”, bem mais pesados do que eu supunha suportar. Fiz a forte, segurei “no carão” e prossegui com meu filho, meu companheirinho na época com cinco anos de idade. Todo meu “castelo de sonhos” havia ruído e com “ricos” e tristes detalhes. Mas nada que não seja comum a vida de nós humanos. Quem nunca teve que enfrentar fases difíceis na vida, não é mesmo? O importante é não cultivar a tal “peninha” de si mesma, o importante é lutar SEMPRE! Resumindo: em 2007 comecei a dar sinais de que tinha esgotado minhas forças emocionais. Minha mãe, que não morava comigo e com meu filho, precisou largar sua casa e sem olhar para trás veio morar com a gente, para poder me ajudar. Não entendia muito ainda o que acontecia com minha mente, mas já havia perdido mais de 20 kg , estava com uma anemia profunda e todas as vezes que conseguia passar mais um dia sem comer nada, ou apenas comendo um biscoito de chocolate (eu disse UM biscoito por dia e água, apenas), me sentia uma vencedora. Era mais um dia vencendo a fome. Tenho 1.70 cm de altura e no ápice da doença, só encontrava roupas na seção infantil Com o tempo esse era meu maior prazer, já estava anoréxica. Graças a Deus, tenho uma mãe “anja” que conseguiu perceber o que acontecia e buscou ajuda. Resumindo: Estava vivendo uma depressão crônica que resultou em uma anorexia. Vieram os médicos, a terapia, remédios… e aos poucos fui reagindo a anorexia e hoje não tenho mais esse distúrbio alimentar. Recuperei o peso e até mais,kkkk… Essa sou eu gente. Tô bem, tô ótima, inclusive acima do peso,kkkk Enfim, se passaram 14 anos, e nesse tempo eu NUNCA estive só, sempre tive o apoio da minha mãe, meu filho (ainda que pequeno no início de tudo), família, amigos, meu Pr. Elias Werneck (sou Batista). Se não fossem eles, talvez tivesse desistido de lutar. Jamais teria tirado minha vida de forma consciente, sempre fui cristã, temente a Deus, e tenho um filho que amo mais que tudo na vida, não o deixaria sozinho por escolha, jamais! Mas confesso que às vezes a doença me derrubava tanto, que eu ansiava por dormir dias e dias. Graças, principalmente a Deus, que SEMPRE cumpriu o prometido em Sua palavra de nunca sair do meu lado, e ao meu filho, que é o maior presente que Ele poderia ter me dado, eu tive motivos para levantar todos os dias. Infelizmente sabemos que nem sempre é assim, nem todos tem o apoio da família, amigos, acesso a médicos para poderem reagir a essa doença silenciosa, imprevisível e devastadora… A depressão precisa ser encarada como uma doença séria pela sociedade. Lutemos por isso! Nunca faltou apoio. Deus é bom demais! Durante esses 14 anos, entrei na faculdade de nutrição, trabalhei em duas clínicas de estética (sempre nas fases onde os remédios e a terapia me levantavam) e fui me refazendo, entre altos e baixos. Em 2014 tive os primeiros sintomas da síndrome do pânico, uma segunda doença cruel e paralisante, reflexo da depressão crônica que terei que tratar sempre. Fui paralisando minhas atividades aos poucos e tendo cada dia mais prazer de estar dentro de casa, onde sentia-me segura. O pânico nos trás uma sensação de exposição e desproteção inexplicável, quase sempre sem motivos reais e conscientes. Nossa casa durante o pânico se torna uma fortaleza “Mas Carla, você tem uma família que te ama, sempre foi alegre, engraçada (a personalidade nunca perdemos), tem um filho lindo, não lhe falta nada…porque essa doença tão paralisante?” Não sei, só Deus tem essas respostas, talvez seja para poder estar aqui agora escrevendo e ajudando alguém que passe pela mesma situação. Enfim, acredito que tudo tem um propósito na vida e se na minha é compartilhar com meu próximo como tenho vencido essa doença, que assim seja, que eu seja instrumento de Deus para isso! Como sempre amei a moda, “namorava” o curso da Dany pela internet. Um amigo que a conhecia havia me apresentado seu curso, mas como fazer o curso se nessa época a Dany só tinha o curso presencial? Como eu iria de onde moro até Ipanema no meio do tratamento do pânico? Até que um dia, vi na internet que Dany estava fazendo o curso online e eu poderia fazer dentro de minha casa. Surtei, surtei de alegria. Sempre quis prestar consultoria de moda e ela me daria esse diploma de Consultora de Imagem e eu aprenderia muito com ela, afinal eu sempre a conheci como a melhor desse ramo. Corri para me inscrever com fé de que só me faria bem, e desde então só tenho a agradecer a Deus por isso. De lá pra cá, além de estudar a fundo tudo que sempre sonhei, ocupei meu tempo com o que tem de melhor, informação, estudo e da melhor qualidade. Ela, por ser um ser humano sensível, percebeu que eu amava escrever pela forma que eu descrevia meus exercícios. Até que em um certo domingo, acordei com meu celular