Você com certeza já deve ter ouvido falar da marca Louis Vuitton, até porque ela é uma das principais criadoras de bolsas e malas feitas de couro e lona, sendo hoje uma das grifes que compõe as maisons de Paris. É comum encontrarmos looks das famosas sendo compostos por peças da marca, como bolsas, malas, lenços, sapatos, etc. Hoje vou contar para você a história de Louis Vuitton. Louis Vuitton – Da pobreza a realeza – Conheça a história do icônico designer francês que deu origem a esse império de alto luxo.
Quando vemos grandes marcas como essa, nos perguntamos qual foi o caminho percorrido para que a grife chegasse a um patamar desses, e claro, nós da Escola de Estilo sabemos a importância de uma boa dose de inspiração, e por isso resolvemos escrever um pouquinho mais sobre a história do icônico estilista francês Louis Vuitton, que fundou a marca dando a ela seu próprio nome.
Ficou curiosa, não é mesmo?
Então vem com a gente fazer uma viagem que vai começar lá no século XIX, no ano de 1821, mais especificamente no dia 04 de agosto, que foi o dia do nascimento do icônico estilista.
Olhando hoje para o sucesso da marca, ficamos empolgadíssimas, é muito válido dizer que o início da história de Vuitton não foi tão empolgante. Vindo de uma família do interior da França de artesão e carpinteiros, Louis perdeu seus pais muito cedo, sua mãe faleceu quando ele tinha 10 anos e seu pai morreu pouco tempo depois. Mesmo com tanta dor, sua madrasta adotiva não mantinha um bom relacionamento com o garoto, o que motivou o menino a ir embora de casa ainda adolescente, aos 13 anos de idade.
A cidade de Anchay onde Louis havia nascido, já não era mais o suficiente para suas aspirações, sendo assim, o garoto resolveu ir para Paris, mesmo a cidade sendo a 470 km de onde ele morava. Louis viajou por dois anos a pé até chegar em Paris para ganhar a vida como empacotador. Após esse emprego, foi contratado por um homem que passou a ser seu mestre pois o ensinou muitas coisas, chamado Monsieur Marechal, que era até então um grande fabricante de malas e empacotador.
Durante esse período Louis se tornou um habilidoso confeccionador de malas, sendo um dos mais hábeis aprendizes, ganhando muita reputação na classe alta parisiense por ser um dos melhores artesãos de artigos couro.
Seu trabalho foi tão prestigiado que a própria Imperatriz Eugênia da França, contratou o talentoso artesão para trabalhar exclusivamente para ela, produzindo malas que segundo a imperatriz, iriam “empacotar as mais belas roupas com a maior perfeição possível”. Caramba, que responsabilidade essa de Louis, não é mesmo? Depois de ter ganho fama na corte francesa pela qualidade dos seus produtos, Louis passou a ter muitos contatos da elite francesa, fora os clientes estabelecidos que faziam parte da realeza.
Aos 33 anos o estilista se casou com uma moça que tinha quase metade de sua idade, 17 anos, chamada Clemence-Emilie Parriaux e abriu sua própria loja de malas com a missão e desejo de embalar objetos frágeis com toda cautela, de forma que nada se quebrasse, mas claro, sem perder a estética estilosa das malas.
No ano de 1858, a marca de Louis entraria para a história após inovar a primeira mala de viagem com formato retangular, sendo que todas as malas possuíam o formato circular. Quando falamos de inovação e design, Louis conseguiu desenvolver outros benefícios que diferenciavam muito seus produtos, como por exemplo: o baixo peso das suas malas, o que fez ele sair a frente da concorrência.
Após esse momento, foi aberto um ateliê na comuna francesa de Asnière, e depois ele projetou a primeira fechadura à prova de arrombamento do mundo, o que fez sua marca ser conhecida como aquela que produzia as malas mais seguras de todas. A ideia das fechaduras foi patenteada e até hoje é referência no mercado.
Com a marca já consolidada, o ano de 1871 trouxe um triste momento que foi a Guerra Franco-Prussiana. Como nós sabemos, toda guerra traz drásticos impactos negativos na economia dos países e, nesse caso não foi diferente. A busca por artigos de luxo caiu bastante e acabou afetando os negócios de Louis a tal ponto, que vários de seus equipamentos foram roubados no meio do confronto.
Entretanto, passou-se pouco tempo para que o senhor das malas conseguisse reconstruir seu ateliê em outro lugar, e o local escolhido foi nada mais, nada menos que o centro de Paris, trazendo sua marca de volta para o gosto dos clientes da realeza e nobreza.
Em 1872 com os negócios reestabelecidos, a grande sacada da marca foi eternizar seus produtos com uma nova identidade visual que é a tão conhecida listra bege e vermelha como assinatura, e logo após foram acrescentadas as flores reproduzidas no couro, o que trouxe todo um conceito de luxo para a grife.
Após essa brilhante trajetória Vuitton morreu no ano de 1892, aos 70 anos de idade, deixando sua grife para o filho Georges, que não decepcionou quanto a forma de dirigir os negócios, pois foi dele a ideia de incluir as iniciais do pai, L e V, dando origem ao tão conhecido e desejado monograma.
Vamos ver algumas peças atuais da grife que tanto nos encanta? Segue uma pequena galeria de fotos:
Como é interessante saber da vida desses gênios da alta moda, da alta costura e no caso de Louis Vuitton, desse designer de acessórios tão luxuosos, não é? Temos a ideia de que eles já nasceram aclamados por tanto talento, e percebemos, lendo a história, que nada mais foram que seres humanos como nós. Seres humanos cheios de talento, muita determinação e uma ajudinha extra do Pai Altíssimo 🙏.
E nossa série continua, sendo sempre um artigo por semana sobre os Top Estilistas. Nos acompanhe!!
Beijos no ❤️
Escrito por Giovanna Alves/ Equipe Escola de Estilo