Michael Kors capa
História da Moda

MICHAEL KORS – CONHEÇA TODA A TRAJETÓRIA DA GRIFE

Michael Kors – Conheça toda a trajetória da grife. Nesse artigo contamos tudo sobre essa marca americana que foi criada em 1981 e só vem crescendo cada vez mais dentre as grandes maisons nos últimos anos. A Michael Kors é uma grife que leva o mesmo nome do estilista criador. Uma grife que combina perfeitamente sofisticação e ao mesmo tempo casualidade, tendo como resultado o estilo esportivo luxuoso e se tornando mais acessível aos consumidores. De uns anos pra cá, uns 15/20 anos mais ou menos, a marca vem se expandindo e se tornando uma das prediletas de muitas celebridades, que visitam suas lojas tanto no Brasil como no exterior. Karl Anderson Jr, mais conhecido como Michael Kors Filho, nasceu no dia 09 de agosto de 1959. O designer é filho de uma ex-modelo e de seu primeiro marido Karl Anderson, um estudante universitário. Michael nasceu na cidade de Long Island, no subúrbio de Nova York. Ainda era menino já se destacava, já tinha holofotes virados para ele. Michael fazia testes de comerciais e testes para ator mirim e acabou se tornando conhecido pela mídia. Mais tarde, ele estudou moda na Fashion Institute of Technology, uma das instituições mais respeitadas do ramo em Nova York. Michael ainda era muito jovem quando entrou na instituição. Com 19 anos de idade já criava coleções para a histórica Butique Lothar’s, que fora um ponto de encontro de fashionistas em Manhattan na década de 70. Não levou muito tempo para que Michael atraísse a atenção de jornais e revistas de moda da época. Foi nessa época que ele resolveu criar a sua própria marca em 1981. Michael contou com a importante ajuda de seu sócio, e tornou seu sonho possível. Sua primeira coleção de roupas femininas, veio para causar um verdadeiro “boom” na alta sociedade de NY. Era uma coleção que traduzia muito bem um mix de sensibilidade modernista com sofisticação. Parece meio ambíguo, mas são duas características que definem bem o início de sua trajetória, pra dizer a verdade, definem bem a grife até os dias atuais. No estilo de Michael Kors traduzido para suas peças, veio muito da admiração que ele sentia e acabou se inspirando no estilista Roy Halston. Roy era um ícone da moda americana da década de 60 e 70 e chegou a vestir Elizabeth Taylor, Liza Minelli e a primeira dama americana Jacqueline Kennedy. Michael desde o início de sua carreira, sempre teve a habilidade de unir luxo e sofisticação, sem deixar de lado o conforto e a simplicidade, isso deu início a um novo termo sportswear. Sempre se empenhou em direcionar o sportswear para mulheres de todas as idade e nacionalidades. Aquele público que mesmo envolvido no ambiente da moda, estavam longe de ser consideradas Fashion Victims Esse termo – Fashion Victims, é usado para aquelas mulheres que podemos chamar de “escravas da moda”. Aquelas que compram peças de roupas e acessórios que estejam em destaque nas revistas de moda, sem sequer analisar se gostam de verdade da peça ou não. Mulheres que compram porque “precisam” se sentir e estar na moda. Michael Kors tem um segredinho em suas coleções, em suas peças. Esse segredo é uma característica bem particular do designer, que é misturar peças que seriam simples e esportivas, com o uso de detalhes bem luxuosos e com bastante brilho. Um exemplo prático desse mix do básico com o luxo, são as camisetas básicas com pérolas e as saias de comprimento até os joelhos. Também não podemos esquecer dos vestidos delicados e fluidos de jérsei, que vieram com jaquetas pesadas de esqui e dos jeans que tinham estolas de pele. No ano de 1983, MK recebeu seu primeiro prêmio por inovação e originalidade na moda americana e desde então ficou conhecido como o “Mais velho jovem estilista de Nova Iorque”, título que ele mesmo tinha orgulho em expor. Em 1984 suas coleções começaram a ser desfiladas nas passarelas da semana de moda, ganhando maior visibilidade e reconhecimento no mercado de moda. Uns anos depois a marca expandiu sua linha de criações e lançou sua primeira coleção de calçados femininos. Bem no início da década de 90, a MK resolveu investir em uma linha que possuía um preço mais acessível que a marca principal, a linha Kors Light. Provando seu valor, Michael Kors se tornou estilista da francesa marca Celine, em 1997. Ele foi o primeiro homem a ser nomeado como diretor criativo da marca e ajudou a reergue-la como uma label up to date. Depois de seis anos, o americano deixou a casa para voltar a focar em sua própria marca. A MK comercializava suas coleções nas principais lojas de departamento dos Estados Unidos, mas ainda não tinha uma loja própria. Foi aí que MK sentiu que era hora de abrir sua loja. No ano 2000, a primeira loja Michael Kors foi inaugurada no número 974 da Madison Avenue, bem no coração de Nova York. Nos anos seguintes a marca ganhou mais quatro lojas: Uma em Los Angeles, em Manhasset, em Tóquio/Japão e em Dubai/Emirados Árabes. Nesse período a marca resolveu expandir seus produtos femininos e lançou uma linha de óculos de sol, bolsas, fragrâncias, relógios… Produtos que acabaram se tornando “carros chefes” em vendas da marca. Em 2004 a marca lançou mais produtos, introduzindo em aproximadamente 350 pontos de venda espalhados pelos Estados Unidos, incluindo acessórios de couro e alfaiataria masculina. A primeira loja MK LifeStyle do Brasil, foi inaugurada em 2013 no Shopping Village Mall/Rio de Janeiro. Antes da inauguração, o estilista contou em uma entrevista: “O Brasil é o lugar onde pude conhecer as pessoas mais bonitas, chiques e divertidas. Eles tem um estilo de vida glamoroso sem muito esforço, e isso não poderia estar mais alinhado com o meu design e filosofia. Estou muito ansioso para ter a primeira loja aqui.”  E não é que a leitura dele foi bem fiel ao nosso estilo. O povo é belo, alegre e glamoroso de forma natural, sem fazer muito esforço. Tudo a

Donna Karan
História da Moda

DONNA KARAN – A GRIFE QUE TEM NOVA YORK NO DNA

Hoje vamos de Donna Karan – A grife que tem Nova York no DNA. A marca Nova-Iorquina possui estilo urbano, sofisticado e acessível, como poucas grifes conseguem desenvolver e explorar. Foi dessa forma que a criação da estilista Donna Karan conquistou toda uma geração de mulheres e homens reais e modernos. Com grande diversidade de produtos, envolvendo roupas, lingeries, calçados, acessórios e perfumes, a DKNY se tornou um objeto de desejo por muitas pessoas ligadas em moda ao redor de todo o mundo. Em poucos anos a empresária foi capaz de consolidar um verdadeiro império fashion. Já conhece a história de como a DKNY surgiu? Vem com a gente conferir essa história de inovação e sucesso. Acompanhe nossa série de artigos com todos as grifes. Toda quinta-feira publicamos um artigo falando de uma grife, porque a Escola de Estilo faz sempre tudo com muito carinho para VOCÊ! DONNA KARAN Donna Karan nasceu em Nova York, em 2 de outubro de 1948, e hoje é uma das mais importantes estilistas do século. O seu interesse por moda talvez tenha vindo de sua família, uma vez que seu pai era dono de um armarinho e sua mãe era modelo e representante de vendas de uma confecção. Foi ainda no colégio que Donna teve sua primeira experiência profissional, ao trabalhar com a estilista belga Liz Claiborne. Posteriormente, ela frequentou a Parsons School of Design, de Nova York, de onde saíram nomes de sucesso como Marc Jacobs e Tom Ford. A jovem ainda estava no seu segundo ano, quando foi contratada para desenhar para Anne Klein, famosa estilista de roupas esportivas para jovens mulheres, e uma visionária na combinação de looks. Na década de 1970, Donna se casou com Mark Karan, de quem herdou o sobrenome que a tornaria famosa. Após a morte de Anne em 1974, Donna e Louis Dell’Olio se uniram para terminar uma coleção incompleta do ateliê de Klein. Ela trabalhou, no total, 15 anos no local, e foi durante esse tempo que teve o impulso de ter sua própria grife. Essa vontade surgiu ao perceber sua dificuldade, e a de tantas outras mulheres, para encontrar o que realmente precisava em seu guarda-roupa. Donna sentia falta de peças mais versáteis e práticas. Junto com seu segundo marido, Donna fundou sua empresa Donna Karan na cidade de Nova York em 1984. Alguns anos depois, surgiu a sua segunda marca, DKNY (iniciais de Donna Karan New York) em 1988. Nascida e criada na cidade mais badalada do mundo, a estilista inspirou-se nas mulheres urbanas e dinâmicas locais, com o intuito de atender o público jovem e, especialmente, sua filha Gaby. Ela acertou ao associar sua marca à cidade, lançando peças de vestuário e acessórios mais despojados e acessíveis. Em 1994, Donna Karan inaugurou sua primeira loja âncora em Londres, e posteriormente em Nova York, em 1999. Enquanto isso, trabalhou para expandir sua linha de produtos, incluindo roupas íntimas masculinas, coleções para casa, relógios, óculos e perfumes, que por sua vez se tornaram um grande sucesso de vendas. A marca tem infinitos perfumes lançados e todos são puro sucesso! A partir dessa época, a marca passou a investir também em garotas-propagandas de grande visibilidade, como a atriz Demi Moore. Ao longo de toda a década de 1990, a DKNY contou com diversos lançamentos importantes. Em 1992, a marca apresentou seus produtos de beleza, a coleção infantil DKNY Kids e a coleção de roupas masculinas DKNY Men. Em 1999, foram lançados a linha de roupas esportivas DKNY Active e o perfume DKNY Women. No ano seguinte foi a vez da linha de roupas íntimas masculinas DKNY Underware e do perfume DKNY Men. Em novembro de 2001, a empresa Donna Karan International (DKI), que atravessava uma fase de prejuízos econômicos, apesar do enorme volume de vendas, foi adquirida pelo conglomerado de marcas de luxo LVMH, que pagou aproximadamente US$ 250 milhões. Com isso, a DONNA KARAN alavancou sua expansão internacional, ingressando em vários novos mercados pelo mundo afora. Em 2002, o fotógrafo Peter Lindbergh fez as fotos de um livro-catálogo com modelos vestindo a grife em meio aos ícones da cidade, como os táxis amarelos e a estátua da liberdade. A campanha foi um verdadeiro sucesso e impulsionou ainda mais as vendas da marca. Nos últimos anos, várias lojas foram inauguradas, especialmente em países do continente asiático, como China, Japão, Índia, Cingapura, e Hong King, e as marcas DONNA KARAN NEW YORK e DKNY licenciadas para outras categorias de produtos. Hoje em dia a grife simboliza o desejo da mulher cosmopolita que não abre mão de design e qualidade em boas peças e acessórios que valorizem o corpo e a personalidade feminina. Em 2008, a DKNY protagonizou uma polêmica junto da Prada. O motivo? Ambas lançaram modelos da sandália do estilo gladiador, e as duas eram idênticas. Na época isso gerou muito burburinho, e muitos acusaram a DKNY de ter plagiado a sandália da Prada. Climão, né?! Em 2015, a DKNY lançou a linha Delicious Delights, composta por três novos perfumes: Fruity Rooty, Cool Swirl e Dreamsicle. São todos femininos, com aromas trabalhados a partir de notas adocicadas de caramelo e chocolate. A campanha dessa linha apelou para um viés mais divertido, contando com a garota-propaganda Marloes Horst, que posou ao lado de sorvetes, em alusão à ideia de desejo. Sempre marcadas pela feminilidade e ousadia, as fragrâncias DKNY conquistam e envolvem quem tem a oportunidade de conhecê-las. Para compô-las, a modernidade, luxo e sofisticação da metrópole nova-iorquina servem como uma grande fonte de inspiração. Por todo o apelo instigado pelos seus aromas, os perfumes da grife se tornaram verdadeiros alvos de desejo de consumidoras do mundo todo. Um dos pontos fortes, é a produção de acessórios, como bolsas, cintos e carteiras, bem como os sapatos DKNY, visando conforto e a feminilidade. São calçados resistentes e indicados para serem usados em qualquer ocasião. O grupo LVMH vendeu a DKNY pro G-III Apparel Group, que também é detentor das marcas Calvin Klein, Tommy Hilfiger, Karl Lagerfeld

Capa
História da Moda

FENDI – SAIBA TUDO SOBRE ESSA GRIFE QUE É PURO LUXO

E chegou a vez da Fendi – Saiba tudo sobre essa grife que é puro luxo! A marca italiana que foi fundada na cidade de Roma em 1925 e começou como uma pequena loja, uma empresa familiar de produtos feitos em peles e couro, todos artesanais. A grife foi lançada em 1925 pelo casal Edoardo Fendi e Adele Casagrande, como uma loja de peles e couro na Via del Plebiscito, Roma. A aceitação foi muito rápida, a grife conquistou a alta burguesia italiana, levando à inauguração de uma nova filial também em Roma. Desde 1946, as cinco irmãs de segunda geração (Paola, Anna, Franca, Carla & Alda) começaram a entrar na empresa. No ano 1954 a Fendi estreou na passarela da alta costura, trazendo coleções incríveis e sempre destacando os acessórios luxuosos que a fizeram famosa. A Segunda Guerra Mundial havia chegado ao fim e os consumidores estavam ávidos por novidades e isso foi fundamental para que a grife fosse “recebida” pelo público de braços abertos. Karl Lagerfeld se juntou Fendi em 1965 e tornou-se o diretor criativo. A marca ficou conhecida por seu exímio trabalho com peles, e por abusar de técnicas inovadoras no corte das peças e trazer diversos tipos de materiais inusitados que são usados nas roupas das coleções até os dias atuais, a Fendi está sempre inovando. O duplo F é a marca da Fendi, que está associada à modernidade, tradição, sensualidade e glamour, tornando a grife objeto de desejo de fashionistas do mundo inteiro, por sempre apresentar as tendências mais badaladas das estações. O logotipo da marca é visto e reconhecido em qualquer país como símbolo de status. Em 1997, a Fendi criou o que viria se tornar o maior ícone da marca: a bolsa Baguette. Silvia Venturini Fendi é a autora desse modelo icônico. A bolsa, que já foi lançada em mais de 600 modelos, é mais rígida e possui a alça curta para ser usada no ombro ou na mão e se tornou sucesso absoluto no mundo fashion, ultrapassando a marca de 1 milhão de exemplares vendidos desde sua criação. Inclusive, grande parte da popularidade da Fendi, se deve às bolsas, que não economizam na exibição do cobiçado logotipo. A Fendi possui mais de 160 lojas espalhadas pelos endereços mais sofisticados de 120 países. Você encontra as coleções de roupas, acessórios, bolsas, perfumes, relógios, semijoias, lindos calçados… Tudo que valoriza a elegância da mulher moderna. A marca também está presente no Brasil Um dos momentos mais impactantes do mundo da moda, foi a Fendi que nos proporcionou, quando apresentou sua coleção de inverno 2007 com um desfile realizado na Grande Muralha da China, deixando os principais críticos de editores de moda em êxtase. O sucesso foi tão grande que a mídia internacional chamou o episódio de: O desfile Mais Grandioso na História da Moda. 88 modelos cruzaram parte da Muralha da China. “Trabalhamos um ano para preparar esta coleção. Aonde iremos a seguir? Talvez para a Lua! Sinto que conseguimos fazer algo que era realmente um sonho”, afirmou Silvia Fendi. Em um segundo desfile “bapho”, a grife tomou conta de outro ícone mundial: A Fontanna di Trevi, restaurada pela grife, serviu de palco para o desfile que celebrou os 90 anos da marca Fendi. Mais romano, impossível. Desde 2001, Fendi torna-se uma marca de moda de luxo multinacional e membro da LVMH grupo, que não para de crescer e está por trás de grifes como Christian Dior, Louis Vuitton, Tiffany & Co, Kenzo e Givenchy. Os clássicos casacos de pele, que já vestiram estrelas do cinema, continuam sendo sinônimo da marca Fendi, mas o produto foi meio que “substituído” por peças como jaquetas de couro, tops cropped e os românticos vestidos Fendi com fendas ou babados, até pela conscientização humana em relação ao comércio de peles. A fama da Fendi, não é exclusividade de Lagerfeld. Filha de Anna, Silvia Venturini Fendi faz parte da terceira geração de mulheres da família e assumiu a direção criativa do departamento de acessórios desde 1994. A marca Fendi é uma senhorinha de 92 anos que tem fôlego de 20 anos. Além de tradição e história, a Fendi sempre focou no futuro. Hoje uma das maiores etiquetas do mundo das marcas. Foi Lagerfeld que inventou o logo com os dois F invertidos, em homenagem à tradição da casa expert em pelaria – Fur is Fendi, Fendi is fur. Foi à frente do prêt-à-porter da Fendi que Karl Lagerfeld não só criou o logo da grife, como também transformou a Fendi em desejo máximo entre as grandes marcas luxuosas, mais que isso, transformou a si mesmo em desejo de consumo. Do chaveiro Fendi de pelo batizado de Karlito, até os tênis com pompons e mochilas. Depois do sucesso da bolsa Baguette, a grife deu vida a outra bolsa icônica, a Peekaboo, criada em 2009. A Fendi ficou bem abalada com o falecimento de Karl Lagerfeld. Seu cargo como estilista da Fendi foi ocupado repentinamente pela herdeira Silvia Venturini, no entanto, quem assumiu as rédeas do legado deixado pelo alemão na casa de luxo, é o britânico Kim Jones, que também está à frente da Dior Homme. Curtiu saber detalhes da Fendi, essa grife italiana tão glamourosa e sinônimo de luxo? Então fique ligada aqui no nosso blog porque toda semana divulgamos a história de uma TOP grife do mundo da moda. Se você pretende trabalhar ou já trabalha com moda, é super importante estar sempre informada com tudo que envolve esse universo. Cultura e conhecimento nunca é demais e conhecer a fundo a história, toda a trajetória de sucesso das grifes, é fundamental! Faça uma aula GRATUITA com a nossa Teacher Dany Padilla e descubra as possibilidades que você tem de chegar ao sucesso e realizar o seu sonho de trabalhar com moda. Clique no botão amarelo no topo da página e assista a aula! Um beijo no coração de toda Equipe Escola de Estilo Escrito por Carla Lúcia Braga/ Equipe Escola de Estilo

Capa
História da Moda

TUDO SOBRE KENZO – A PRIMEIRA GRIFE JAPONESA QUE ENCANTOU O MUNDO DA MODA

Hoje vamos falar de uma grife que se destacou, ne verdade se destaca até hoje no mundo da moda, vamos falar da  Kenzo – A primeira grife japonesa que encantou o mundo da moda. Kenzo Takada foi o estilista que fez, antes de qualquer outro estilista japonês, Paris e o mundo se curvarem a seus pés. Leia e entenda quanta magia envolta nessa grife.  Kenzo é uma grife que une estilo, ousadia, muita identidade e o japonismo. A grife Se transformou no grande amor de uma nova nação de compradores, principalmente o público mais jovem. Para entender cada detalhe, vamos começar do comecinho???? O estilista Kenzo Takada, nascido em 27 de fevereiro de 1939, em Himeji – Japão, criou o famoso e peculiar “Made in Japan”. Desde pequeno Kenzo Takada era apaixonado por arte e moda, costumava ver  revistas relacionadas a moda na companhia das suas irmãs mais velhas e logo se descobriu desenhando roupas para bonecas. Cresceu e se formou como design em artes. Iniciou sua carreira como estilista criando moldes para uma revista de Tóquio, logo após terminar seus estudos na célebre Brunka Fashion College. No ano de 1964 mudou-se para Paris pensando em passar um período de seis meses desfrutando dos espetáculos, entendendo o estilo de vida dos franceses e a alta costura, que nessa época já era bem presente na cidade luz. Um tempo depois de ter chegado a Paris com o intuito de “mergulhar” na cultura Parisiense, Kenzo começou a buscar emprego na cidade e teve a chance de apresentar seus desenhos para a mulher do costureiro Louis Féraud, que era proprietário de uma Maison na cidade de Cannes e tinha sido consagrado com diversas estrelas do festival. O casal resolveu comprar os croquis do jovem estilista e indicaram o caminho das pedras para Kenzo. O jovem era tão talentoso, que em cinco dias conseguiu um emprego e durante dez anos desenhou diversas coleções como freelancer. Nessa época, sua vida financeira era apertada, baixa renda mesmo, ele só tinha dinheiro para comprar tecidos em lugares baratos, como em brechós e a maioria eram retalhos. Sempre muito talentoso, habilidoso, o estilista improvisava combinando os tecidos que na maioria das vezes tinham estampas muito diferentes para uma peça. Não se engane em achar que era apenas criatividade e o tão famoso mix de estampas, era por necessidade de improvisar mesmo e fazer os retalhos renderem algo bacana. Assim Kenzo deu origem as estampas coloridas que se tornaram uma das características mais fortes da marca. Em 1970, Kenzo Takada decidiu realizar seu primeiro desfile, transformando a Galeria Vivienne em passarela para as suas criações. Foi nesse mesmo local que pouco tempo depois, inaugurou a sua primeira e própria nomeada de Jungle Jap. O resultado não poderia ter sido diferente, o estilista nasceu pra brilhar e o sucesso foi imediato. Logo em seguida a esse estouro de sucesso, Kenzo teve seus vestidos da primeira coleção, bem na capa de revistas como a Elle francesa, da Vogue americana e de outras revistas de moda, dando ainda mais visibilidade para o trabalho do ainda jovem estilista japonês que tinha “pousado” no centro da moda, em Paris. De uma maneira bem rápida ele se tornou muito conhecido no ramo da moda e logo resolveu mudar o nome da sua loja para seu nome Kenzo. Passou a conquistar o coração dos franceses com uma nova proposta de moda, levando o conceito da recriação da imagem humana até o momento não experimentada, usando e abusando de maiores proporções e volumes, o que hoje chamamos de modelagem oversized. Antes mesmo de Rey Kawakubo, Yohji Yamamoto e Issey Miyake lançarem tão brilhantemente o japonismo no mundo da moda, Kenzo Tanaka já havia feito Paris e o mundo se curvarem a seus pés e com maestria, com muita ousadia. Uma moda europeia, mais especificamente Parisiense, acostumada com tecidos nobres, se surpreendeu com as primeiras criações de algodão do estilista que se tornaram um enorme sucesso. No ano de 1971, levou seus desfiles para Tóquio e Nova York, iniciando seu reconhecimento mundial. Claro que suas primeiras peças tinham características claras de seu país, como o clássico kimono, mas a criatividade de Kenzo vai muito além disso e foi a diversificação de suas peças que destacou seu trabalho, sua arte para o mundo. Em 1972, a marca era famosa por sua ousadia nas coleções, surpreendendo com tons austeros e cores de kabuki (cores berrantes). Kenzo era um gênio em combinar estampas e em criar peças largas como calças, túnicas, batas, blusas e peças estampadas no estilo japonês. Também deu bastante ênfase ao veludo e a malharia. Essa relação do estilista com a malha, o transformou em estilista de prêt-à-porter introduzindo muita novidade aos modelos tradicionais até então tão conhecidos e aclamados pela moda. Kenzo combinava estilos ocidentais e orientais com tanta maestria. Foi capaz de transformar ideias tradicionais da moda japonesa em modelos modernos e contemporâneos. No ano de 1979 o estilista encerrou o desfile que foi apresentado em uma tenda de circo em Zurique (Suíça) montado em um elefante. Outro exemplo claro da ousadia de Kenzo, foi quando ele organizou um desfile onde suas modelos desfilaram pela passarela montadas a cavalos, usando peças translúcidas. Se hoje já seria ousado, imagine isso na década de 80… A década de 80 foi uma década de muito sucesso para a marca, onde Kenzo apresentou sua primeira linha masculina e abriu unidades em outros locais como Tóquio, Copenhagen, Milão e Londres. No final da década de 80, o estilista lançou seu primeiro perfume, nomeado de Kenzo by Kenzo, o primeiro dos muitos que ainda viriam, visto que a marca se tornou referência em perfumes ao longo desses anos. Na década de 90 seus produtos foram ampliados, contando com óculos, artigos para decoração, roupas infantis, jeans e perfumes, muitos perfumes. Kenso vendeu sua marca pelo valor de US$ 80 milhões pelo famoso grupo francês LVMH, que já era empresário e proprietário de marcas nesse segmento de luxo, como por exemplo Givenchy, Louis Vuitton,

Capa
História da Moda

BALMAIN – DO NASCIMENTO ATÉ OS DIAS ATUAIS

Balmain – Do nascimento até os dias atuais. E continuamos com nossa série das grandes grifes e nomes da alta costura, das top grifes internacionais que fazem a história da moda ser cada dia mais atraente. Hoje é a vez da ousada e “chiquetosa” Balmain. Balmain é uma grife de roupas francesa renomada no mundo da moda de luxo. Pierre Balmain, responsável pela marca, nasceu em maio de 1914 na cidade de Saint Jean de Maurienne. Desde pequeno Balmain gostava de desenhar vestidos, até que um dia mostrou seus desenhos para o estilista Edward Molyneux. Encantado com o trabalho, ele lhe ofereceu um emprego como aprendiz em sua maison. No ano de 1936, Pierre foi chamado para cumprir o serviço militar obrigatório. Após finalizá-lo, em 1939, se juntou à estilista Lucien Lelong, com quem trabalhou durante a ocupação alemã em Paris. Junto com Dior e Balenciaga, o estilista formou o centro pós-guerra da indústria da alta-costura na França. Balmain se formou em arquitetura, apesar de amar desenhar moda e fundou a grife Balmain em 1945. A Maison atendia ao público de extremo luxo da década de 40/50. Balmain costumava dizer que “criar roupas é a arquitetura do movimento”. Pierre Balmain foi responsável por lançar saias bem marcadas na cintura e compridas, saias usadas com casaquinhos longos e vestidos mais ajustados. Suas criações eram tão luxuosas, que acabaram por atrair admiradores da nobreza. Pierre Balmain tornou-se o estilista exclusivo da Rainha Sirikit da Tailândia e o queridinho de diversas celebridades como Marlene Dietrich, Katherine, Audrey Hepburn e Brigitte Bardot Foi o primeiro estilista a aderir o do prêt-à-porter (pronto a vestir) e conseguiu adaptar a silhueta francesa tão sofisticada de suas criações, para as americanas, onde abriu lojas em 1951. Se destacou sendo figurinista exclusivo de 16 filmes. Pierre sempre foi fã de utilizar cores claras, peles nas extremidades das roupas e marcou seu estilo com golas, estolas e paletós por cima de vestidos justos. Os vestidos sempre muito detalhados em tecidos nobres e bordados minuciosos. Após a morte de Balmain, em 1982, a grife passou por Erik Mortensen, Oscar de la Renta e Christophe Decarnin de 2002 até 2011, quando chegou as mãos do atual diretor criativo: Olivier Rousteing que simplesmente é um vulcão em erupção de criatividade (foto abaixo). O atual diretor criativo Olivier Rousteing, é um francês, adotado, preto, lindo, facilmente confundido com algum modelo nas diversas fotos que circulam com suas amigas preferidas, celebridades e com os modelos da própria Balmain. Você vai atestar isso aqui nas fotos. O rapaz é um fenômeno, um poço inesgotável de criatividade e por isso destaque total entre os estilistas da atualidade. Desde que Rousteing assumiu a direção criativa da Maison Balmain, suas roupas se tornaram desejo mundial, além de promover um auto marketing incrível em seu trabalho desde 2011. No ano passado, Olivier Rousteing mostrou ao mundo o tamanho da sua criatividade, quando planejou e executou brilhantemente o aniversário de 75 anos da grife, com um desfile dentro de um barco coberto de plataformas espelhadas, cruzando o Rio Sena (foto abaixo). Caso você queira ver a suntuosidade desse desfile, clique no link abaixo e leia nosso artigo com todos os detalhes desse super evento. ???????????? BALMAIN COMEMORA SEUS 75 ANOS COM UM DESFILE, CRUZANDO O RIO SENA – PARIS Formado pela ESMOD em 2003, Rousteing começou a sua carreira como assistente de designer na maison de Roberto Cavalli, o que exigiu sua mudança da França para Itália, onde ficou por seis anos. Depois voltou para Paris como assistente de Decarnin. Rousteing afirma que seu período como assistente na Cavalli, o ensinou a ser comercial, “A Cavalli é um império enorme, onde você tem tudo o que quer em poucos dias”, afirmou Olivier. Além do comercial, a moda italiana o ensinou a ser arrojado e reativo. Rousteing tinha que “dar conta” de fazer muitas coleções por ano, porém nunca fez questão de esconder que não considera ter aprendido nada sobre bom gosto. Rousteing deixou claro que não aprovava o que Roberto Cavalli fazia, gostava mais do passado da marca. Em 2009, Rousteing entrou para a Balmain e com apenas 25 anos de idade. Em 2011 ele assumiu a marca como diretor-criativo. Suas amizades com as celebridades de hollywood, o ajudaram a ter o status de o designer que todos querem. Pessoas de fora da indústria fashion, começaram a prestar atenção nele, graças a sua amizade com Kim Kardashian e Kanye West, que inclusive estrelaram uma campanha da Balmain e sempre estão presentes na primeira fila de seus desfiles. Rousteing também é bem próximo das supermodels: Kendall, Kylie, Gigi, Bella Hadid junto com Erika e Joan Smalls, o que só o torna cada dia mais “popular” no mundo da moda. Pra reforçar todo o glamour que envolve as celebridades que circulam ali em volta do estilista, ainda tem Cara Delevinge, Joan Smalls, Jourdan Dunn, Jennifer Lopez, Beyoncé, Rihanna ( amiga pessoal de Olivier). Todo esse marketing envolvendo essas celebridades na grife, acabou fazendo com que toda garota quisesse fazer parte do chamado “Balmain Army”( exército Balmain ). Olivier chegou a um patamar que se formos comparar, está ali no mesmo nível que a Gisele Bündchen está para as top models. Suas criações sempre envolvem muitos bordados, texturas, pérolas e um ar bem suntuoso, quase aristocrático. Esse é o estilo que Rousteing trouxe para a Balmain, fora sua pegada asiática em diversas estampas, mas SEMPRE com uma “aura” sexy e rocker. Aos 34 anos, Olivier Rousteing carrega uma trajetória que poucas figuras do mundo da moda podem ostentar. Foi apontado como o Yves Saint Laurent da geração millennial. Olivier Rousteing é super popular em suas redes sociais, possui 1,5 milhões de seguidores no instagram. Já a Maison Balmain, possui 2,6 milhões seguidores, fazendo da grife a número um das casas francesas em seguidores, sendo a única a ultrapassar um milhão. O talento de Rousteing é incontestável como designer, mas também inegável o seu dom para o marketing pessoal e marketing para a marca.

Capa
História da Moda

OSCAR DE LA RENTA – O ÍCONE LATINO QUE MARCOU A MODA DE LUXO

Oscar de la Renta – O ícone latino que marcou a moda de luxo. O universo fashion viu uma estrela latina mostrar seu talento como poucos estilistas mostraram no mundo. Sua autenticidade levou sua marca ao tapete vermelho e celebridades conhecidas no mundo todo, usaram suas criações em diversas ocasiões, como por exemplo: Sarah Jessica Parker, Jacqueline Kennedy e Hillary Clinton. Nascido no dia 22 de Julho de 1932 na cidade de Santo Domingo no país caribenho República Dominicana, Oscar Aristides de la Renta Fiallo é filho de pai porto-riquenho e mãe dominicana. Aos 18 anos o jovem Oscar embarcou para a Espanha, a fim de estudar pintura na Real Academia de Belas Artes de San Fernando, na cidade de Madri, porém com o passar dos anos, seu gosto por moda foi florescendo, o que o levou a desenhar para várias casas de moda do país. Em um de seus trabalhos, o estilista desenhou um vestido para a filha do embaixador americano na Espanha. Sua criação foi tão apreciada que a revista Life convidou a filha do embaixador com o vestido para serem capa de uma de suas edições. A partir daí, sua criatividade e dedicação passou a ser conhecida pelo mundo, o que levou Cristóbal Balenciaga a convidá-lo para ser seu aprendiz. Em 1961, o estilista embarcou em uma jornada de experiências trabalhando com Antonio Castillo e sendo assistente da Maison Lanvin. Já no ano de 1963, Oscar percebeu que o que realmente dava dinheiro era o Prêt-a-pôrter (pronto para vestir), por isso foi em busca do conselho da então diretora da revista Vogue, Diana Vreeland, e esta o aconselhou a trabalhar com Elisabeth Arden, pois assim ele iria construir sua reputação com rapidez. Nada bobo, ele seguiu o conselho de Diana e se deu super bem. Como a estilista americana tinha uma renomada cartela de clientes, Oscar desenhou roupas para a primeira dama Jacqueline Kennedy, o que o tornou ainda mais conhecido no mundo da moda. No ano de 1965, Oscar trabalhou para Jane Derby que era especialista em criações para o formato de corpo mignon. Após a morte de Jane, o estilista definiu novos planos para sua carreira comprando a empresa juntamente com Bem Shaw e se lançou no mercado com uma coleção prêt-àprotêr na cidade de Nova York. Nessa ocasião a marca Oscar de la Renta surgiu, trazendo consigo muito sucesso. Nos anos de 1967 e 1968 a marca recebeu o estimado prêmio Coty Award, que é um oscar da moda americana. Já em 1977, com seu nome repercutindo por toda a américa, a grife lançou seu primeiro perfume chamado Pour Lui Por mais incrível que pareça, o primeiro produto masculino lançado pela marca não foram roupas, mas sim um perfume chamado Pour Lui e em 1992 o estilista se tornou o primeiro estilista latino a se tornar diretor criativo de uma grife francesa, no caso a Balmain, onde trabalhou até o ano de 2002. A partir desse momento, a marca entrou em um novo tempo de expansão de seus produtos, lançando assim, uma linha de acessórios em 2001, uma linha de móveis em 2002 e uma linha de óculos e outra de roupas com preço mais acessível em 2004. A grife inaugurou sua primeira loja na Madison Avenue na cidade de Manhatan, NY. Após essa conquista, várias outras lojas foram inauguradas em diversas cidades famosas dos Estados Unidos e já no ano de 2006, uma linha de noivas chamada Oscar de la Renta Bridal foi lançada, seguida de outras inaugurações de lojas importantes na Europa em cidades como Atenas e Londres. No ano de 2011, foi lançado o perfume Live in Love como consequência de uma briga judicial da grife com a L’Oréal para assumir novamente o controle de suas operações, que haviam mudado de mãos seis vezes na última década, prejudicando assim a qualidade de seus produtos. Um ano depois, a marca lançou sua primeira linha de produtos infantis e também uma linha especial para artigos de casa intitulada Home. No ano de 2013 uma loja de 1.000m² foi inaugurada na cidade de Londres, sendo essa a maior loja da grife, contendo todas as linhas de produtos criadas. No fim de sua vida, Oscar nomeou Peter Coopping como seu sucessor na direção criativa da marca, o que deixou o mundo aliviado, pois outro forte candidato ao cargo era John Galliano, o estilista que foi demitido da grife Christian Dior por ter feito comentários antissemitas ( pessoa que tem preconceito, hostilidade ou discriminação contra judeus ). Uma semana após o anúncio oficial de quem o sucederia, Oscar faleceu aos 82 anos em sua casa na cidade de Kent, devido a uma longa batalha contra um câncer. Algo que chama muita atenção no fim da vida de Oscar, é que enquanto ele lutava contra o câncer sua grife cresceu cerca de 50% e passou a ser ligada a nomes como Oprah Winfrey, Penélope Cruz, Hillary Clinton e várias outras celebridades. O estilista que era casado com Anne de la Renta, desde 1989. Deixou esposa e seu filho adotivo Moisés, juntamente com seus três enteados, Beatrice Reed, Charlie Reed, Eliza Bolen e nove netos. A história extraordinária de Oscar inspira o mundo da moda, dos negócios e tudo aquilo que é ligado a criatividade, até porque uma de suas qualidades mais louváveis era esse aspecto. Terminamos hoje esse artigo delicioso com muita expectativa para o ano de 2021 e, se você deseja se informar ainda mais sobre a história dos mais brilhantes estilistas do mundo, fique de olho aqui, no blog da Escola de Estilo! Toda quinta-feira divulgamos a história de alguma marca ou nome, que marcou e ainda marca a história da moda. Clique no botão amarelo e assista a aula grátis que nossa Teacher Dany Padilla preparou para você!  Beijos no coração e até amanhã! Por: Giovanna Alves/ Escola de Estilo

História da Moda

BALENCIAGA – TUDO SOBRE A TOP MARCA ESPANHOLA

Balenciaga é sinônimo de luxo, sofisticação e elegância. Tudo começou com Cristóbal Balenciaga que desde o começo já afirmava que um costureiro deve ser um arquiteto no design. Uma grife que sempre se destacou pela excelência em seus tecidos, cortes e acabamento perfeitos. Conheça a grife Balenciaga e tudo sobre essa top marca espanhola.  Como Tudo Começou Nascido em 21 de janeiro de 1895 na cidade de Getaria na Espanha, Cristóbal Balenciaga, o criador da marca Balenciaga. De uma família humilde (seu pai pescador e sua mãe costureira), Cristóbal Balenciaga Eizaguirre, ainda jovem, foi “apadrinhado” pela Marquesa de Casa Torrés que lhe apresentou o mundo da Alta-Costura, visto que foi para ela, quando tinha 12 anos de idade, que ele desenhou seu primeiro vestido. Em 1918, junto com a Charlottee Lee, ele se formou em alfaiate e abriu seu primeiro ateliê na Espanha. Pouco tempo depois, inaugurou mais duas outras unidades na cidade em Barcelona e Madri, onde atendia com exclusividade a Família Real e os membros da alta corte da Espanha. Em 1936, houve a guerra espanhola e com isso, Cristóbal precisou fechar suas lojas e deixando o país refugiado. A partir daí, passou a se estabelecer em Londres e mais a frente na França, em Paris. Com um jeito próprio de trabalhar com a impressa, Cristóbal atraiu a atenção por agir de forma oposta ao que seu concorrente Christian Dior, que era um comunicador nato. Foi em Paris que Balenciaga marcou o rumo da sua história! Em 1937, juntamente com dois sócios, Wladzio Jaworowski e Nicolás Bizcarrondo, inaugurou sua nova loja na Avenida V, no número 10: A Casa Balenciaga. Ele usou e abusou do fato de ser espanhol para se destacar. Atraiu diversas celebridades e pessoas da alta sociedade, que foram correndo até sua maison para terem o corte perfeito, essa era a fama dos costureiros espanhóis que Cristóbal fazia questão de enfatizar. Claro que em um meio onde os nomes são bastante conhecidos, Balenciaga ficou conhecido como “O espanhol”. Nesse meio tão famigerado, não demorou muito até que ele fosse reconhecido, principalmente pelos seus concorrentes, como sinônimo de perfeição na confecção. Christian Dior declarou que a Balenciaga era o “maestro” e a alta costura a orquestra. Se declarou músico que seguia as direções de Cristóbal. Coco Chanel também declarou sua admiração pelo costureiro espanhol, o declarou um verdadeiro costureiro e deixou claro que achava todos os outros, inclusive ela própria, apenas desenhistas, visto que as costuras de Cristóbal eram perfeitas. Cristóbal sempre teve como base a cultura espanhola para se inspirar em suas coleções, seu trabalho. Se inspirava muito nas dançarinas de flamenco, no uso interno do tecido vermelho (como forro das roupas). Sempre fez alusão a bandeira utilizada pelos toureiros e o azul turquesa, muito usado na Espanha nos bailes à noite. Também se inspirava em pintores como Diego Velázquez e Francisco Zurbarán. Cristóbal não tinha medo de inovar, suas coleções eram verdadeiras obras de arte, possuindo uma riqueza nos detalhes que até então ninguém se dedicava a fazer. Em 1940 ele lançou ao mercado sua primeira criação do famosos vestido preto, marcando de forma exuberante os quadris através de drapeados, com busto ajustado, além de investir em abrigos impermeáveis feitos com tecido sintético. As temporadas de desfile da Balenciaga, sempre foram um dos atrativos da marca. Até que em 1956 a grife teve uma sacada sensacional, um jeito completamente inovador para lançar suas coleções. A grife passou a apresentar suas coleções, sempre depois das maratonas oficiais de desfile das outras grifes. Foi puro sucesso! Além dele não ter que dividir os holofotes e as matérias das principais revistas com seus concorrentes, passou a ganhar espaço exclusivo nas principais magazines como a Harper’s Bazaar e a Vogue. Outro hábito do estilista, era não permitir fotografias em seus desfiles. Somente a Vogue tinha permissão para publicar algumas fotos (todas pré-selecionadas pelo próprio Balenciaga). Foi Balenciaga que trouxe para o mundo da moda, o vestido-camisa e o vestido-saco em 1957. Pouco tempo depois desse lançamento, criou o vestido baby-doll e para as festas de gala, as festas noturnas. Trouxe modelos como o vestido com cauda de pavão que obviamente também vem com uma forte influência espanhola. Poucos anos depois, vieram as botas. Na década de 60, a Balenciaga sentiu o comportamento da mulher contemporânea tomando força. Suas coleções já não tinham o mesmo impacto de antes, não vendiam como antes. Cristóbal achou impossível trabalhar com a linha Prèt-a-porter (pronto a vestir), visto que a qualidade de seus tecidos e cortes, exigiam além de um preço alto, uma elegância que não combinava com essa linha. A Prèt-a-porter, chegou para ser direcionada a um novo mercado, o mercado das lojas de departamentos que nasceram no período pós guerra.  Era a época da chegada do mais despojado e do prático. Pouco tempo depois, ele resolveu se aposentar. Cristóbal faleceu em 24 de março de 1972. Durante muitos anos a grife caiu em esquecimento total. Balenciaga Ressurge Em 1997, bem depois da grife ter parado, com a contatação do francês Nicolas Ghesquière, a marca voltou na alta costura, entrando novamente para o rol de luxo. Nicolas Ghesquière é francês e trouxe a modernidade que a grife tanto precisava. Em 2001, a Balenciaga foi comprada pelo grupo Gucci. Logo em seguida, foi reaberta a famosa boutique na Avenida Georges V (onde tudo começou) e a inauguração de uma nova loja super sofisticada e moderna em Nova York. Em 2002, a marca acabou aderindo a prêt-à-porter e lançando acessórios para o universo masculino. A merca renasceu com glória em termos financeiros. Faturou 17.9 milhões de Euros! Novas lojas foram abertas: Los Angeles, Cannes, Milão, China, Londres, Miami… Acessórios Balanciaga Em 2012, Alexander Wang assumiu a diretoria criativa da marca, respondendo pela marca perante todo o mundo globalizado. Entre as coleções lançadas nesse período de muito sucesso, destaque total para as Bolsas Balenciaga. Entre os modelos mais famosos, a bolsa Balenciaga Classic City, que contém duas alças fixas e uma removível. Com modelagem de

Burberry
História da Moda

BURBERRY- A BRITÂNICA MARCA QUE CRIOU O TRENCH COAT

Toda quinta-feira publicamos um artigo com o tema de alguma grife icônica. Achamos importante deixar esse espaço para a história da moda. Importante para quem deseja trabalhar ou já trabalha com moda, estar ciente do caminho percorrido por essas grifes até chegarem ao topo. É importante não esquecer que nada é impossível, já que nenhuma delas começou de cima. Hoje vamos falar da Burberry, a britânica marca que criou o trench coat que tanto amamos! A Burberry foi fundada em Basingstoke no ano de 1856. Ficou conhecida a princípio, por suas roupas para práticas esportivas. A marca hoje comercializa peças de roupas, sapatos, bolsas, acessórios e perfumes, tendo como principal produto, o famoso trench coat com forro em tecido xadrez. Esse mesmo que você conhece e deseja. 9 entre 10 mulheres sonham em ter um. Como tudo começou Para entender a marca e o seu conceito, é necessário saber como tudo começou e para isso vamos ao ano de 1856, quando o jovem Thomas Burberry, na época com 21 anos, abriu uma pequena loja na cidade de Basingstoke- Hampshire, na Inglaterra. A loja, mesmo modesta, já tinha uma característica diferenciada que era o perfeccionismo. Até porque estamos falando de uma marca britânica, não existe um povo mais disciplinado.A loja atuava dentro de um nicho apenas, atendida aqueles que buscavam roupas esportivas para pesca e caça. O jovem Thomas, se preocupava bastante com a qualidade das peças que vendia, o que passou a chamar a atenção dos consumidores ingleses. Como toda boa marca, não poderia faltar um produto que explodisse e levasse a marca a fama! Foi aí que nasceu o tecido chamado gabardine, no ano de 1879. Para quem ainda não conhece o gabardine, trata-se de um tecido impermeável, extremamente resistente, ideal para ser utilizado nos dias de chuva. Foi sucesso, afinal chove muito na Inglaterra. Chamou muito a atenção dos consumidores, a forma como o tecido caía bem ao corpo, sem nenhum incômodo, principalmente para quem vivia no mar. Em 1891, Thomas resolveu abrir uma loja maior e dessa vez usando seu nome: Thomas Burberry & Sons, inaugurada na popular região de West End, em Londres. Como o Gabardine foi um sucesso e nessa época já estava bem popular, Thomas foi convocado pelo exército britânico para desenvolver um casaco para os oficiais militares, que viria a ser o antecessor do famoso Trench Coat (quer dizer casaco de trincheira). Já em 1909, Thomas inaugurou sua primeira loja em Paris, a primeira fora da Inglaterra. Observe o salto que ele deu, visto que Paris é a capital mundial da moda. Equipado com barracas e roupas que foram desenvolvidos especialmente pela Burberry (em 1911), o explorador norueguês Roald Amundsen, ficou famoso internacionalmente por ter sido o primeiro a pisar no Polo Sul, junto com sua equipe. Em 1914, Thomas Burberry foi novamente convidado a adaptar suas criações de guerra. Aqueles casacos do século passado, passariam a ser novamente utilizados pelos soldados durante o combate. Nesse novo modelo repaginado, as dragonas que exibiam as patentes dos oficiais, foram sobrepostas ao peito para uma maior proteção e visibilidade. Na parte das costas, Thomas colocou uma proteção contra a chuva, impedindo que o corpo entrasse em contato com qualquer parte molhada. E foi assim que nasceu o Trench Coat, por quem tanto suspiramos… É simplesmente impossível falar da Burberry sem citar o Trench Coat. Trata-se de um casaco muito resistente, que além de proteger bastante contra o frio e a chuva, ainda é lindo e extremamente elegante. Só para você ter uma ideia, meio milhão de soldados ingleses utilizaram o modelo durante o período de guerra e junto o casaco virou febre também nas cidades sendo desejado e usado pelos civis. O sucesso foi tão grande… Até o final da década, os casacos da Burberry eram vistos desfilando por várias cidades. No ano de 1919, o rei George V passou a ser um admirador da marca. Acabou incorporando-a em seu guarda-roupa. Esse super fã da realeza, ajudou muito na divulgação da Burberry pelo mundo. Até que na década de 20, o tradicional tecido xadrez (composto nas cores branco, bege, vermelho e preto) foi introduzido ao trench coat como forro do casaco. Em 1924, Thomas patenteou esse xadrez sendo de exclusiva utilização da Burberry. O trench coat forrado com o tecido xadrez, se tornou um casaco de luxo, elegância e sofisticação. Passou a ser usado por políticos, estrelas de cinema e ganhou ainda mais fama, quando usado pelos atores Ingrid Bergman e Humpherey Bogart no filme Casablanca. Também esteve presente na tradicional cena do beijo sob a chuva do filme Bonequinha de Luxo, interpretada pelos atores Audrey Hepburn e George Peppard. Em 1955, a Burberry ganhou o Royal Warrant, que é uma das premiações mais cobiçadas pelos comerciantes e pelas marcas, sendo concedido por ninguém menos que a Rainha Elisabeth II. Que prestígio!! Em 1989, passou a fornecer roupas para o Príncipe Charles. A marca elevou seu nível ao topo do mercado de moda internacional. Claro que a marca já estava conhecida em outros continentes, mas o processo de internacionalização ganhou força em 1970, quando ela passou a expandir sua marca abrindo lojas físicas em outros países. A primeira loja e uma das mais importantes, foi a loja âncora inaugurada em Manhattan. Mas nenhuma história é feita só de flores e vitórias. Depois do século XX, a marca passou a ficar perdida dentro desse mundo tão acelerado e fashion, estando muito ligada a um público mais seletivo e mais maduro, de mais idade.  As lojas da marca, passaram a não fazer estoque dos seus próprios produtos… Acreditava-se que a marca abriria falência. Só que a partir de 1997, a Burberry começou a dar uma guinada. Quando tudo parecia estar afundando, a GUS, detentora do maior número de ações da Burberry, convidou Rose Marie Bravo para ser a executiva da marca em uma das suas unidades. A partir de 1997, começamos a encontrar uma nova Burberry. A marca se atualizou, abriu seu leque de produtos, se modernizou e

Moschino
História da Moda

MOSCHINO – A MARCA SINÔNIMO DE EXCENTRICIDADE E IRREVERÊNCIA!

Amamos esses artigos que contam tudo sobre as histórias das marcas mais renomadas do mundo da moda, nos ensinam tanto! Sempre há tantas surpresas por trás do percorrer de cada grife… Hoje vamos falar sobre a Moschino, a marca sinônimo de excentricidade e irreverência, alguns dizem até ser sinônimo de deboche, características que fazem parte do DNA da marca. Se você é uma mulher de personalidade que também gosta desse estilo “underground sofisticado”, mergulhe fundo nesse artigo.  No verão de 1971, Franco Moschino, um italiano de 21 anos, recém-formado na Accademia delle Belle Arti em Milão, trabalhou como ilustrador para um jovem ascendente Gianni Versace. Moschino, incentivado por Gianni, criou o selo Moschino alguns anos depois ( em 1983 ) e estreou sua linha naquele mesmo ano para o frenesi do mundo da moda, que teve que engolir seu humor e sua sagacidade. A imprensa proclamou Franco Moschino como o “enfant terrible” da moda italiana, muitas vezes comparando-o a nomes como Jean Paul Gaultier, chegou a chamá-lo de bobo da corte oficial da moda, um título que ele mais tarde odiaria (natural né?). Nos poucos anos da Moschino sob gestão do próprio Franco, a marca se caracterizou, desde a primeira coleção feminina lançada em 1984, pela ousadia, através do farto uso de cores, do design inusitado e da excentricidade das criações, totalmente na contramão do padrão do mundo da moda, mas que por isso mesmo, acabou se tornando um ícone da moda, irreverente, é claro. Em 1991, Moschino lançou seu primeiro perfume nos Estados Unidos. E em 1993 comemorou os dez anos da marca com um grande desfile. Infelizmente no ano seguinte, Franco Moschino faleceu de AIDS. Franco ridicularizou as hierarquias da indústria parodiando emblemas da alta cultura, como o traje de jantar Chanel, e elaborando-os com materiais mais baratos como o  jeans, ou adornando-os com talheres de verdade. “As roupas engraçadas têm que ser extremamente bem feitas porque é aí que você encontra o chique. É fácil ser engraçado com uma camiseta, mas é mais inteligente com um casaco de vison. Afinal, se o caviar fosse mais barato, teria um sabor muito menos interessante ”, disse ele em uma entrevista de 1994 à British GQ. O brilho de Moschino, está no pós-moderno e no surreal. Ele empregou ironia, paródia bem trabalhada e humor sincero em todos os seus projetos. As palavras “Isto é um anúncio!” estiveram na frente e no centro das campanhas visuais. Nos anos seguintes, as campanhas e instalações de Franco Moschino, se voltaram para o combate as questões sociais da época, conscientizando sobre o não uso de drogas, mudanças climáticas, violência, consumismo, poluição, racismo e a crise da AIDS. Como citei acima, o próprio Moschino morreu em 1994 de complicações da AIDS. Ele tinha apenas 44 anos. Após a morte prematura de Franco Moschino, Rossella Jardini , sua ex-assistente, tornou-se diretora de criação, mas isso durou muito pouco e logo chegou Jeremy Scott. A marca tem sido parte do grupo de moda Aeffe desde 1999.  Jeremy Scott é um designer de moda americano, que chegou para substituir Franco Moschino na grife. Vamos conhecer um pouquinho de sua história: Nascido em 1975 na cidade do Kansas, o estilista americano cresceu em uma fazenda no Missouri, mas era Paris a cidade que não saia da sua cabeça. Assim, ele começou a estudar francês aos 14 anos, com o objetivo de se mudar para a França e fazer parte do universo fashion. Em 1997, seu último ano estudando na Pratt School of Design, em Nova York, Scott conseguiu um estágio no departamento de relações públicas da Moschino. Acabou assumindo o cargo de diretor criativo em 2013, trazendo a grife novamente para o topo da moda. Atualmente, continua sendo o diretor criativo da grife Moschino e também, o único proprietário de sua marca homônima. Scott construiu uma reputação de “designer mais irreverente da cultura pop” e “o último rebelde da moda”. Ele consegue ser tão irreverente e ousado, quanto o fundador da grife Franco Moschino. “O humor é a marca registrada do meu trabalho. O mundo é muito sério, prefiro trazer felicidade para as pessoas.” As palavras de Jeremy Scott resumem bem o estilo do designer que desde a adolescência, já estava determinado a conquistar o mundo da moda. O renascimento da marca Moschino por Jeremy Scott exibe explosão de cores. Scott trouxe alienígenas, papelão e McDonald’s para a passarela de Moschino. Lançou coleções de cápsulas com a iconografia das Powerpuff Girls (As Meninas Superpoderosas), Spongebob (Bob Esponja) e Candy Crush ( Um joguinho de celular). Reconhecido, celebrado e por vezes criticado, o estilista é expert em unir universos e reinterpretar ícones da cultura pop, criando peças bem-humoradas com um estilo contemporâneo que agrada celebridades como Katy Perry e Miley Cyrus – para quem também faz figurinos de shows. Na passarela da Moschino, além dos personagens do mundo lúdico citado acima, Jeremy também trouxe a Barbie e os personagens de Looney Tunes. Todo esse mundo irreverente, infantil e lúdico, foram referências usadas em calças, vestidos e camisetas para criar looks divertidos, marcantes e que promovem um street style irreverente – Chiara Ferragni e Helena Bordon são algumas das influencers que sempre lançam mão do estilo de Scott para se destacarem na multidão. Falando de celebridades que usam Moschino… Madonna, Michelle Obama, Hillary Clinton, Nicole Kidman e Beyoncé, são apenas alguns nomes que “vestem a camisa” Moschino, e isso só demonstra o sucesso absoluto e a versatilidade da direção criativa de Scott. Embora as origens satíricas e os dispositivos excêntricos estejam incorporados em cada coleção, Jeremy Scott consegue se diferenciar dos traços das primeiras coleções de Franco Moschinho, é como se Jeremy fosse mais lúdico, mais infantil… Ele tem um “Q” irreverente que insiste em não querer crescer, menos agressivo que a linha que Franco seguia (deixando claro que é uma observação muito pessoal minha. Por ser uma grife que eu gosto muito, observo as características mais tênues desses dois estilistas que marcam a história da grife). O resultado do trabalho

Prada
História da Moda

PRADA – LUXO, PODER E SOFISTICAÇÃO

Hoje vamos falar de uma marca que gera desejo na cabeça das mulheres em torno do mundo. Podemos dizer que a marca é uma verdadeira joia das maisons mundiais. Prada – Uma marca italiana que é sinônimo de luxo, poder e sofisticação! A Vogue americana declarou através da coluna da Anna Wintour, que a Prada é a única razão para qualquer pessoa ir a Temporada de Milão, isso é só para você ter uma ideia da importância e tamanho dessa marca no mundo da moda. Nesse artigo, você vai entender um pouco mais sobre a história e as contribuições que a Prada trouxe para o mundo moderno. A História da Marca Prada 1913 – Através das mãos de Mario Prada, era fundada a grife italiana que carregava seu sobrenome. Mario e seu irmão Martino, resolveram abrir uma loja que levasse o nome de Prada Brothers (Em italiano, Fratelli Prada). A atividade inicial era o design exclusivo de peças. Os irmãos investiam pesado em acessórios de luxo, malas de viagem, bolsas e acessórios que eram confeccionados em vários tipos de couro, como por exemplo o couro de leão marinho, que eles importavam diretamente da Inglaterra. Tudo isso sempre feito a mão, com atenção em cada detalhe, o que destacou com clareza cada uma das peças de luxo. A alta classe italiana foi descobrindo aos poucos a marca, porém nunca mais parou de crescer. 1919 – A loja localizada na Galleria Vittorio Emanuele II, se transformou no destino preferido da realeza italiana e junto com eles, a aristocracia europeia. Naquela época, o machismo imperava e os homens administravam os negócios e não admitiam que as mulheres dessem opiniões sobre suas criações. Miuccia Prada e a nova Prada 1978 – A Prada passou a estar nas mãos da neta de um dos fundadores, Miuccia Prada, juntamente com o seu marido, Patrizio Bertelli. Nessa década dos anos 70, muito do prestigio da marca já tinha se perdido e estima-se que eles arrecadavam apenas US$ 450 mil por ano… Mas Miuccia entrou na grife pra ganhar, trouxe um olhar mais crítico e contemporâneo, tentando resgatar o respeito e todo luxo de toda uma era. A grife só começou a se recuperar como marca de luxo, a partir dos anos 80, quando lançaram a bolsa preta de linhas mais básicas. Muitas atrizes e celebridades adotaram a marca e levaram junto com o sua influência, o nome da Prada. Não demorou muito para que eles abrissem uma segunda loja em 1993. A loja fica na Via della Spiga, que é um dos principais pontos europeus para artigos e acessórios de alto luxo. Essa nova loja, conseguiu unir o contemporâneo com o tradicional. Outro fator contribuiu bastante para a recuperação do nome da marca italiana, o lançamento de uma bolsa simples, mas irresistível: A Mochila Prada preta feita em náilon ( material que era utilizado para confeccionar tendas dos militares ), ajustada com alças em couro. Total inovação! Além de ser um mochila linda, também se tratava de uma mochila bastante resistente e de alta durabilidade. Nesse momento, Miuccia conseguiu acertar em cheio! Entendeu as necessidades de suas consumidoras, mulheres que estavam num mundo moderno e que precisavam de coisas práticas, contudo, sem abrir mão da beleza e do glamour. No mesmo ano, outros acessórios ganharam a estampa em náilon e estampas também com o triângulo metálico invertido, onde era possível ler o nome da marca. Não demorou muito até que se tornasse uma febre mundial. Atualmente, conhecida por todos como a papisa da moda, Maria Bianchi Prada ( Miuccia ), nascida em 10 de maio de 1949 em Milão, já tinha a moda no sangue. Ela tem sua formação em ciências políticas e é ex-militante do Partido Comunista Italiano. Quando mais nova, participava de passeatas utilizando roupas de estilistas como Yves Saint Laurent. Chegou a participar também de movimentos estudantis e quis trazer esse conceito para as suas coleções, onde a mulher era uma mulher independente, inovadora, ousada e muito bem resolvida! Em relação a Prada, assumiu o controle da empresa familiar ainda jovem, ocupando o lugar que até então era de mãe. Inicialmente, era uma ideia que ela detestava, porém, logo após o seu primeiro desfile prêt-à-porter, todos já falavam dela e do seu talento nato. Bastante tímida, nunca foi amiga dos jornalistas e também não curtia e não curte ainda muito os eventos. Miuccia fez com que a moda feminina sempre jogasse ao seu favor. Transformou a Prada nessa grife de sucesso que vemos nos dias de hoje. Para se ter uma ideia de sua relevância, a Prada fora uma das marcas que mais ditou a moda nos últimos anos. Como diria o filme, até o Diabo veste Prada…a marca é sinônimo de requinte e bom gosto nos quatro cantos do mundo. Não existe uma só pessoa que não conheça a Maison. Com o seu jeito reservado, porém de talento perceptível, Miuccia fora a primeira estilista a aparecer na The New York Magazine, em 2008. Ela também é a única estilista que consta na lista da revista Time das 100 pessoas mais influentes do mundo. Sua relevância é perceptível até os dias de hoje. Miuccia dizia: “Uma bolsa ou um sapato é considerada a boa maneira para identificação do seu estilo, sem ter que repaginar todo o seu look”. Miuccia, com certeza entendeu a importância dos acessórios para o look. Falando em sapato, foi nesse momento que nasceu o tênis com cara de sapato ( aquele modelo que muitos chamam de sapatênis ) e que venceu todos os calçados que eram fabricados na época, ganhando os pés de quem buscava algo confortável, porém luxuoso. Processo de internacionalização da Prada Com o crescimento da marca, a Itália começou a ficar pequena e o processo de expansão, aconteceu de forma bem rápida. Em 1986, eles inauguraram lojas em Madri e Nova York. Logo depois surgiram algumas espalhadas por Paris, Londres e Tóquio. Em 1988 foi lançada a sua primeira coleção que parou o mundo da moda! Miuccia

Capa
História da Moda

SAIBA TUDO SOBRE A VIDA DE CAROLINA HERRERA!

Uma estilista venezuelana radicada nos Estados Unidos e conhecida por suas coleções ultra femininas e sofisticadas. Saiba tudo sobre a vida de Carolina Herrera!  

Capa
História da Moda

HERMÈS – A SEGUNDA GRIFE MAIS RICA E LUXUOSA DO MUNDO

Hoje vamos falar da segunda grife mais rica e luxuosa do mundo da moda, a Hermès. A Hermès só não é mais rica que a Louis Vuitton. É uma empresa francesa fundada em 1837 por Thierry Hermès como produtora de arreios para cavalos. Ao longo do tempo passou a produzir diversos produtos de luxo. Avaliada em 19,8 milhões de dólares. Em 2017, sua avaliação de marca subiu para 25,951 milhões de dólares, atrás apenas da Louis Vuitton. Em 1801, nascia em Krefeld – Alemanha, Thierry Hermes. Filho de pai imigrante francês, Thierry Hermès, e de uma mãe alemã, Agnese Kuhnen. Em 1828, a família Hermès se mudou para Pont Audemer, ao norte de Paris, onde o Thierry Jr. aprende técnicas de fabricação de couro e passa a fazer couraças. Em 1831, Thierry e sua esposa Petronille Pierrtant, dão as boas vindas ao seu primeiro filho e futuro herdeiro do trono Hermes, Charles-Emile Hermes. Anos depois, Thierry Hermes funda a marca francesa Hermès como oficina de arnês no bairro Grands Boulevards de Paris. Sua loja serve os nobres europeus da época com artigos de selaria. A oficina também produz arneses de ferro forjado e freios para comércio de carruagens, o meio de transporte mais usado na época. Ao longo dos anos, os arneses e freios de alta qualidade criados por Hermès ganharam reconhecimento pela alta burguesia. O público da Hermès até hoje é composto pela mais alta classe social. Em 1878 Faleceu Thierry Hermes, deixando a marca para o herdeiro e seu sucessor Charles-Emile Hermes. Charles-Emile Hermès, então assume a gestão da oficina do pai e se muda para a Rue du Faubourg Saint-Honore – 24 (Paris), onde a loja permanece até hoje. Veja na foto abaixo. Continua com a manufatura de itens de montaria e passa a se concentrar nas vendas de varejo internacionais com linhas para a elite da Europa, Rússia, África do Norte, Ásia e as Américas. 1902 Charles-Emile se aposenta, deixando o negócio para seus filhos, Adolphe e Emile-Maurice, que o renomeiam Hermès Freres. Já em 1918, a Hermès apresenta o primeiro casaco de couro com um zíper, produzido para o Príncipe de Gales, Edward. A primeira peça não voltada apenas para prática da equitação. Devido ao seu exclusivo acordo de direitos, o zíper se torna conhecido em toda a França como fermeture Hermès, ou seja: o fecho da Hermès, que é fabricado e usado até hoje nas peças da grife. As primeiras bolsas femininas só surgiram em 1922, quando a esposa de Emile-Maurice se queixa de não encontrar um modelo que lhe agrade. O próprio Emile-Maurice desenha então, a bolsa ‘Haut a Courroies’, visando as necessidades da mulher. Pouco tempo depois, a marca estabelece sua presença nos EUA e abre duas novas lojas em resorts franceses. No ano de 1929, a marca apresenta a primeira coleção de roupas femininas. Vestuário de alta costura, que inclui roupas de banho e tem lançamento em Paris. Em 1935, a Hermès lança um de seus itens originais mais famosos, a bolsa tiracolo que mais tarde se tornaria conhecida como a Kelly. Como surgiu a bolsa Hermès Kelly? A Kelly é uma das bolsas mais exclusivas e desejadas do mundo. O modelo foi criado em 1930, um século após a fundação da Hermès, por Robert Dumas. Ela possui formato de trapézio, uma única alça, uma aba esculpida e duas chapas de junção, além de ótimo espaço de armazenamento. Robert a criou com um simples objetivo: Ser um modelo ‘enfeitado’, apenas uma bolsa arrumada, simples e funcional para mulheres energéticas e independentes e foi batizada de Sac à dépêches. O modelo ganhou grande fama e reconhecimento mundial em 1956, quando a Princesa Grace Kelly, usou sua bolsa Hermès para esconder sua barriga de grávida dos paparazzis. A Sac à dépêches então se tornou um objeto de desejo de milhares de mulheres ao redor do mundo e teve seu nome alterado para Kelly em homenagem à princesa (e também porque todos se referiam ao modelo por este nome). Um dos modelos mais exclusivos e caros da Hermès, a Kelly não pode ser encontrada listada no site da marca, dificultando assim o acesso à bolsa e, consequentemente, o preço da mesma. Pode ser encomendada por €6800 euros. Já um no tamanho 32, só estará disponível à partir de €8300 euros (aproximadamente R$50.000,00) Em 1951, faleceu Emile-Maurice Hermes, e Robert Dumas Hermès que era o marido de Jacqueline Hermès, assume a empresa junto com o perfumista Jean Rene Guerrand, marido de Aline Hermès, ambas bisnetas de Thierry Herme. A Hermès começou a usar um logotipo com base em um desenho do pintor francês Alfred de Dreux, no ano de 1950. Nessa mesma época, a marca começa a usar suas icônicas caixas de cor laranja. A grife é facilmente identificada pela cor laranja de suas icônicas caixas. Originalmente, as caixas eram de cor creme, a cor atual surgiu acidentalmente. Durante a Segunda Guerra Mundial, muitos materiais tiveram seus estoques zerados e a produção interrompida, inclusive as caixas na cor creme. Não teve jeito, eles tiveram que improvisar e utilizaram as de cor laranja. Para identificar a marca, foi colocado o slogan: “Os melhores presentes vêm em uma caixa laranja”. Depois disso a Hermès adotou a cor que hoje simboliza a marca tão fortemente. No ano de 1978, Jean Louis Dumas, filho do tataraneto de Thierry Hermès, assume a empresa. Em 1981, o icônico modelo de bolsa Birkin é lançado com homenagem à atriz britânica Jane Birkin. Como surgiu a bolsa Birkin? A Birkin é o modelo de maior sucesso da Hermès. Sua história começou em um vôo de Paris para Londres em 1981, quando a atriz inglesa Jane Birkin derrubou o conteúdo de sua bolsa de palha na frente de Jean-Louis Dumas, que era chefe executivo da Hermès na época. Jane então reclamou para Jean-Louis que não havia uma bolsa espaçosa o suficiente no mercado que coubessem todos os itens necessários para o dia a dia, e lhe sugeriu um modelo que houvessem bolsos. A