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GLÓRIA MARIZA: SAIU DO LUTO ETERNO E DEU A VOLTA POR CIMA

Vou falar um pouco disso, pois muitas mulheres vivem lutos eternos e demoram para dar a volta por cima: Eu era até aqui vaidosa, estilosa, elegante e muito feminina”

Nasci em 1972, sou mãe de duas moças e um rapaz e avó de um casal de netos lindos, moramos em americana interior de São Paulo. Solteira, meu companheiro sofreu um grave acidente no dia 21/09/2001, a última vez que o vi bem foi no dia 11 no mesmo dia da queda das torres gêmeas.

Eu vou me referir apenas aos fatos do acidente e todo seu enredo para não se estender. Quando meu esposo sofreu acidente eu estava grávida de 4 meses, e recebi a notícia em um Sábado de manhã, segui ao hospital da Unicamp – Campinas, sem imaginar a gravidade.

Quando recebi a notícia que já faziam mais de 6 horas que ele estava na sala de cirurgia eu pensei “meu Deus o que houve? ”, todos diziam que era grave, quando eu vi o motorista da kombi que ele estava cheio de sangue, abatido e chorando ao me ver foi o sentimento mais triste que eu tive na vida, ali senti que eu tinha perdido algo importante, foi então onde ele me abraçou e me pediu perdão, pois ele bateu na traseira de um caminhão parado e pegou do lado do carona onde meu marido estava dormindo.

Enfim, teve uma grande perda de massa encefálica, afundamento e trituração de ossos faciais, perdeu 99% do bi frontal, toda parte da iniciativa, e quando ele saiu da sala de cirurgia a cabeça dele parecia de um porco gordo.Perdeu 99% do bi frontal, um olho, e ossos faciais, não teve nem uma outra fratura no corpo, tudo localizado na cabeça, onde ele veio a ficar dependente de cuidados e de outras pessoas para se alimentar, banho, necessidades ou seja 100% dependente até nos dias de hoje.

Eu cuidei dele nos primeiros 4 anos, ele frequentou Unicamp, AACD, Sarah Kubitschek em Brasília, entre outras instituições de reabilitação e profissionais da área, nada e ninguém me convencia que ele não iria ter melhora, eu fugia dos médicos que me oferecia tratamento, pois eles viam que eu já estava doente, fui convidada pela Unicamp a desenvolver uma cartilha aos cuidadores de pessoas acidentadas e com sequelas neurológicas, mas não aceitei pois não queria me aproveitar da situação para obter dinheiro. ‘Tenho raiva de mim quando lembro disso, tive muita falta do dinheiro, e fui egoísta em não ajudar outras pessoas com o que eu sabia, deixei meus filhos a terem falta de recursos mais básicos.’

“Suba o primeiro degrau com fé. Não é necessário que você veja toda a escada. Apenas dê o primeiro passo.”
Martin Luther King

Fiz terapia pois um dia levei um susto de um fisioterapeuta, em suas comparações, o vaso paralisado e meu marido, ambos são os mesmos se é que você me entende, não existe recursos para que um dia ele volte a ser perto do que já foi, e me fez olhar no espelho, foi a pior experiência da minha vida, ali ele matou uma Glória cheia de esperança, e fui buscar mais que podia

Montei uma loja de roupas com um cartão na época com o limite de 5 mil, sempre trabalhei como empreendedora, dali saí e fui montar uma mercearia que faliu meses depois pois não sabia administrar e não tinha estrutura emocional para isso, até que um dia fui trabalhar como representante de uma distribuidora de bebidas, na qual eu tive problemas de recebimento e acabei pior que estava, um dia cheguei em casa não tinha o que comer foi onde decidi que a família dele poderia levá-lo para que eu pudesse de fato fazer algo por mim e meus filhos, nesse intervalo o oficial de justiça levou meu carro, comprei uma moto e fui trabalhar e sofri dois acidentes que me deixaram com fraturas, mesmo assim trabalhei de muletas.

Trabalhei em uma empresa no período de 9 anos mais ou menos, vendendo bebidas, me destaquei por ser a melhor prospectadora de clientes, a maior comissão e salário, vendia bebidas em periferia, algumas coisas mexia com os meus valores, eu bebia e fumava todos os dias, pesava 45 quilos, era desleixada com a minha aparência. Em 2015 decidir mudar e conheci o desenvolvimento pessoal através de uma empresa que desenvolvia marketing multinível, e fiz minha formação em Coach, Practiter em PNL e Hipnose, não tive sucesso como empreendedora, mas continuei buscando o autoconhecimento, fui para uma segunda empresa do mesmo segmento empreendedor sem sucesso, percebi que não era para mim o tipo de negócio.

Mas continuei buscando, pois fazia eventos e todos com muito sucesso, comecei a trabalhar com uma empresa da capital, dentro de alguma empresa no setor corporativo eu desenvolvia RH, gestão em pessoas e liderança de conflitos pessoal, com base a neurolinguística, onde eu aprendi mais que ensinei, e como eu falava das vestimentas um dia me perguntaram se eu tinha formação para abordar o assunto, então respondi: 

“Não, não tenho! Mas vou ter!”

Aí começa a busca, como ter esse conhecimento, que tipo de cursos, onde?

 

Foi uma série de desafio, Janeiro de 2018. Minha amiga já falecida me chamava de Glórinha Kallil, outra dizia que eu era a Personal Stylist dela, foi onde decidi fazer um curso presencial, pois online eu não achava que teria resultado, quanta bobagem kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk, fiz o valor que acabei pagando e custos de viagem teria feito o da Dany Padilla, mas a experiência foi ótima.

Voltei do curso animadíssima, mas faltava ainda alguma coisa, e minha filha resolveu fazer o curso, mas como ela é adventista teria que ser online devido ao sábado, eu já sem cartão e sem como comprar perguntei se faria no boleto, na hora o Kadú respondeu que sim, eu fiz a compra, achei o máximo, ninguém online faz isso.

Eu imprimi as apostilas e comecei a estudar, com o que eu já tinha e mais com tudo que a Dany ensina eu tive que fazer algo por mim, a palavra da Dany tira você da caixa de conforto, eu comecei a elaborar o workshop, a Marta me passou o contato da Vanderlise que me colocou no grupo onde compartilhei meu material e elas me orientaram como deveria fazer, assim o fizTambém tenho ajuda de um coach que me impulsiona nas minhas metas, e me faz ver o quanto sou capaz junto com as mulheres do grupo da Escola de Estilo, quando eu via as meninas realizando algo eu pensava porque eu não consigo realizar?

Então realizei pela primeira vez algo só meu, e sozinha foi um sucesso, percebi que eu posso sim realizar, a minha dificuldade financeira me limita, mas percebi que eu fazendo vou sair dessa limitação, dei uma entrevista na rádio, um amigo divulgou no seu programa meu workshop, fiz as apostilas que eu mesma elaborei, pesquisa de satisfação, coffe break, local tudo foi eu quem resolveu e realizou, pronto chegou o dia sucesso total, não tive lucro financeiro mais outros lucros e fortaleceram minhas crenças e habilidades,

Minha família não acredita mais em mim, eu vejo as pessoas me olharem como se tudo isso fosse trabalho de vagabundo, mas parei de me importar com as pessoas, nem um namorado tive com medo do que vão falar, mas eu decidi ser a dona da minha vida.

Fiz a entrevista na TV online, para muitos é pouco mas isso gera em mim a crença do poder, pois depois do Workshop tenho dia das mães duas lojas agendada, uma palestra para empreendedores, uma escola de campinas me cedeu um espaço gratuito para eu realizar eventos, vou realizar uma palestra com dois psicólogos exclusivo para lojistas, vou ser a palestrante principal de um evento de noivas, fechei parceria com duas lojas de roupas e uma de calcados, vou participar na mesma TV online do programa voltado para mulheres falando só do trabalho da Personal Stylist, montando looks. E data já para os próximos Workshops.

Então é isso, eu cheguei no ponto onde a minha necessidade me tirou da caixa de conforto, mas o entusiasmo da turma e a minha autoestima entrou em ação para produzir, e o resultado é o empoderamento, eu sempre empoderei as pessoas, hoje eu estou assim, empoderada de Deus, colocando tudo no papel e realizando para ter minha instituição aqui na minha região.

Eu levo para a vida que feito é melhor que perfeito, a síndrome do não sou bom o bastante não me pega mais, pois eu sou fodastica e fabulástica. Sei que ainda nem começou, mas já tive um começo que só tenho que agradecer a todas.

OBS: Onde Deus esteve todo o tempo?

Esteve aqui perto de mim, eu sou a menina dos olhos de Deus, ele cuidou de mim na dor mais extrema e agora na alegria ele me abre portas, Deus muito obrigada por me ensinar tudo que eu preciso saber. Muito obrigada!!

Glória Mariza, Americana – São Paulo, é estudante da Escola de Estilo Dany Padilla

 

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